Notícias

Os filmes que mais gostei de ver em 2023

Assassinos da Lua das Flores, de Martin Scorsese.

FOTO: divulgação

Semana passada escrevi sobre os filmes que menos gostei de ver esse ano que terminou, e agora cito os que mais gostei. Lembrando que não significa serem os melhores, mas os que tive acesso e causaram ótima impressão, a partir de um gosto pessoal. Feliz ano novo para todos e que 2024 nos traga ótimos filmes!

 Retratos Fantasmas Kleber Mendonça Filho mostra toda sua paixão pelo cinema e pela sua cidade, Recife, mesclando história, memórias e saudosismo, tendo a metalinguagem narrativa da sétima arte a seu favor, como o cineasta experiente que é.

 Assassinos da Lua das Flores Meu filme preferido do ano, não só por ser do mestre Martin Scorsese, mas por trazer tudo que o bom cinema precisa: uma boa história, elenco primoroso, direção de arte caprichada e uma direção de encher os olhos. São 3 horas e meia de puro deleite. Vida longa ao mestre!

 John Wick 4 John Wick é uma franquia de ação que possui quatro filmes bons, mas esse último aqui é a “fina flor” do gênero: cenas de tirar o fôlego, e mais uma direção que bebe nas melhores fontes, de John Woo a Sam Peckimpah. Chad Stahelski mostra que não está para brincadeira, e as cenas da escadaria de Paris e da casa abandonada já são clássicas deste futuro cult.

 Godzilla Minus One É impressionante que uma franquia japonesa com 70 anos permaneça no imaginário pop, inclusive gerando bons filmes como esse aqui. Como não poderia deixar de ser, a criatura monstruosa é mero subterfúgio para os japoneses expurgarem seus traumas de guerra pós-bomba atômica. E temos uma história sensível, focada nos seres humanos, em meio à destruição do país pelo lagarto radioativo.

 Oppenheimer Christopher Nolan dissipou parte das minhas desconfianças com ele por conseguir fazer uma biografia adulta e focada em J. Robert Oppenheimer, fazendo ótimos paralelos entre a criação da bomba atômica e a saúde mental do seu protagonista. Cillian Murphy e Robert Downey Jr sensacionais.

 A Morte do Demônio – A Ascensão Em um ano relativamente menor para o gênero horror, foi surpresa para mim ver que uma continuação de baixo orçamento de um clássico conseguiu homenagear o original e, ao mesmo tempo, apresentar conceitos novos para a franquia. Muita aflição, sangue e criatividade para trazer os demônios de volta. Gostamos.

 Sede Assassina O diretor argentino Damián Szifron criou um thriller policial adulto e cru que passou batido pelos cinemas, mas que merece uma revisita no streaming. Tenso e pesado como poucos conseguem fazer hoje em dia.

 Outras menções honrosas:

Barbie, Fale Comigo, Passagens, Missão Impossível – Acerto de Contas, Dungeons & Dragons – Honra Entre Rebeldes, Os Delinquentes, Que Horas Eu Te Pego?, Homem Aranha: Através do Aranhaverso, Guardiões da Galáxia – Volume 3 e Bottoms.