- Viagens internacionais e remessas
- Menor gasto para brasileiros no exterior – hotéis, transporte, alimentação ficam 14% mais baratos do que no começo do ano.
- Remessas de alunos brasileiros estudando fora, ou repatriações de dinheiro, têm preço mais vantajoso.
- Importação de bens de capital e matérias‑prima
- Insumos industriais, maquinários e componentes eletrônicos se tornam até 14% mais baratos:
- Permitindo reduzir custos de produção;
- Melhorar margens de fabricantes e potencialmente reforçar competitividade de exportações.
- Queda de pressões inflacionárias
- Importações de bens de consumo e insumos mais baratas ajudam a aliviar índices de inflação logo adiante — reforçando expectativas do IPCA mais estável.
- Setores beneficiados internamente
- Empresas com forte exposição a insumos importados (siderurgia, papel e base química) podem aproveitar ganho de margem.
- Consumidores: produtos como eletrônicos e automóveis importados se tornam mais acessíveis, favorecendo aumento de vendas.
- Mercado financeiro
- Risco cambial reduzido para investidores locais em posições de renda fixa indexada – menor volatilidade.
- Tesouros indexados ao dólar geram teses de arbitragem: comprar títulos em reais e trocar por dólar, aproveitando preços favoráveis de balcão.
- Atração de capital externo
- Com real mais forte e juros elevados, torna-se atraente para estrangeiros:
- Fundos de renda fixa e multimercados são reforçados;
- Há efeitos positivos para o fluxo de capitais, especialmente se se mantiver estabilidade fiscal.
Riscos e cautelas:
- Fiscal em foco: há preocupação com a consolidação do déficit e contas externas – o que pode frear ganhos adicionais do real .
- Mudanças na política monetária dos EUA: se o Fed retomar rota de alta de juros, o dólar pode reagir globalmente.
Recomendações práticas:
Viajante / estudante – Lock-in de câmbio agora ou futuros-encomenda de dólares com instituições financeiras, assegurando taxa menor.
Importador / indústria – Revisão de contratos com fornecedores, reabertura de negociações ou compras à vista para aproveitar momento.
Investidor local – Aumentar exposição a títulos indexados à taxa real com proteção cambial; observar entrada de capital no mercado brasileiro.
Consumidor – Planejar compras de eletrônicos, carros e bens duráveis neste período favorável.
O dólar em queda no Brasil em julho de 2025 abre janelas importantes para reduzir custos (importadores, consumidores, viajantes), reforçar margens (indústrias) e posicionar investimentos (renda fixa, proteção cambial). Essas ações — se alinhadas com gestão fiscal e monitoramento das taxas globais — podem gerar ganho real considerável.