foto Celso Rodrigues/ Diário do Pará.
 
foto Celso Rodrigues/ Diário do Pará.

DESCASO

Obra de quase R$ 2 milhões se arrasta em Ananindeua

Moradores do Conjunto Cidade Nova VI, naquele município, querem saber quando a obra terá fim e onde foram parar os recursos da mesma

Obra de quase R$ 2 milhões se arrasta em Ananindeua Obra de quase R$ 2 milhões se arrasta em Ananindeua Obra de quase R$ 2 milhões se arrasta em Ananindeua Obra de quase R$ 2 milhões se arrasta em Ananindeua

Uma obra de R$ 1.813.267,87. Ou seja, quase R$ 2 milhões cujo o destino os moradores do Conjunto Cidade Nova VI desconhecem. Desde 2022, a comunidade aguarda a conclusão da reforma do Complexo Esportivo da Cidade Nova VI, localizado na SN 22, mas o trabalho continua inacabado. O prazo inicial para conclusão era de oito meses. A responsabilidade é da Secretaria de Saneamento (Sesan), da Prefeitura de Ananindeua.

Moradores afirmam que o espaço realmente precisava de reparos e que o prefeito Daniel Santos, ainda na campanha de 2020, prometeu a reforma. Algum tempo depois, ele assinou a ordem de serviço, mas a obra ficou paralisada por três anos. Diante do descaso do poder público, vizinhos organizaram protestos no início deste ano para tentar pressionar a Prefeitura. A principal dúvida da comunidade é: onde está o dinheiro da reforma e quando a obra será finalizada.

“Ele veio, assinou a ordem de serviço, colocou placa, fez mídia e anunciou que a obra seria concluída em oito meses. Temos fotos disso. Mas esses oito meses já estão virando quatro anos”, afirma Elizandra Silva, 49, decoradora de eventos e moradora do conjunto. “Ele já está no segundo mandato, e a gente continua com uma obra praticamente parada”, acrescenta.

Após uma manifestação realizada no dia 5 de janeiro, o prefeito Daniel Santos enviou servidores municipais para dialogar com a população e providenciou uma limpeza no espaço. Moradores relatam que alguns serviços foram realizados, mas de forma insuficiente. Na última quinta-feira (20), o Diário visitou o local e constatou que a praça segue abandonada, com apenas três trabalhadores realizando serviços de conservação. “Fizeram algumas calçadas e colocaram uma estrutura de ferro da quadra coberta. A população só quer que a obra seja concluída dentro do prazo, porque esse espaço é essencial para a comunidade”, destaca Elizandra. Segundo ela, em janeiro deste ano a Prefeitura estipulou um novo prazo de oito meses para a conclusão dos trabalhos.

O estado de abandono é tão grave que o muro atrás do campo de futebol desabou por conta das chuvas, expondo a casa de Maurício Souza, 46, que mora nos fundos do complexo. “Eu durmo sentado. Se eu te disser que passo a noite inteira assim, é verdade. Usuários de drogas pulam o muro para entrar aqui. A Guarda Municipal nem aparece para fazer aquela ‘capa’ de segurança”, denuncia.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.