O Remo entra em campo hoje, em Porto Alegre, com a responsabilidade de vencer o lanterna da Série C naquele que é considerado o jogo do ano no calendário do clube. A vitória classifica para a fase de grupos da competição e ao direito de brigar diretamente pelo acesso à Série B, sonho de consumo dos azulinos desde que o time foi rebaixado em 2021.
Por isso, superar o rebaixado São José é um desafio de extrema importância para a vida do clube. Há muita coisa em jogo: a recuperação da autoestima, o planejamento orçamentário para 2025 e os projetos de expansão (que envolvem a conclusão do CT de Outeiro) do futebol profissional e das modalidades amadoras.
Com o time completo, repetindo pela primeira vez uma mesma escalação nas últimas seis rodadas, o Remo tem plenas condições de sair vitorioso do contestado campo de jogo do São José. O adversário, já rebaixado à Série D, tem a pior campanha da Série C. Conquistou apenas 10 pontos em 18 rodadas disputadas.
É claro que times que não têm nada a perder também não têm o que temer, o que pode se transformar em risco para adversários com obrigação de vencer. Até nesse aspecto o Remo teve a vantagem de um alerta. Viu o São José arrancar um inesperado empate em Florianópolis contra o Figueirense.
Rodrigo Santana e seus comandados entram em campo com a consciência de que só depende do Remo a conquista do acesso – justamente porque o São José tirou a vantagem do Figueirense na classificação.
Com Ytalo e Pedro Vítor na linha de frente, o Leão parece ter achado finalmente a melhor configuração, tendo no meio a trinca Pavani-Bruno Silva-Jaderson, ladeados pelos alas Diogo Batista e Raimar.
Foi com essa estrutura de meio e ataque que o Remo atropelou o Londrina na rodada passada, marcando 3 a 0 e sobrando em campo. A troca de passes em velocidade e a variação de jogadas foram aspectos que fizeram a diferença. É justamente o que o time precisa repetir neste sábado.
Papão se dedica a recuperar espaço na Série B
As seis rodadas sem vitória custaram caro ao PSC. O time oscilou para baixo e se aproximou perigosamente da zona de rebaixamento – ocupa, no momento, a 15ª posição. Mais do que os poucos pontos conquistados, preocupa a maneira como a equipe se comportou na maior parte dos confrontos recentes.
É curioso que, nos seis jogos que espelham a crise técnica, as atuações com melhor aproveitamento aconteceram fora de casa. Diante do Vila Nova (2 a 2), o time exibiu lampejos da pressão no campo inimigo e da imposição em boa parte dos jogos. Saiu na frente, tomou a virada e, ainda assim, foi buscar o empate nos minutos finais.
Contra o Botafogo-SP, fez o gol e teve domínio parcial durante o primeiro tempo. Cedeu o empate e, depois de ficar com um jogador a menos (Wanderson foi expulso), caiu de rendimento na segunda etapa, permitindo ao adversário o controle das ações. Apesar disso, conquistou um ponto.
Nos demais jogos – Brusque, Grêmio Novorizontino, Santos e Avaí –, a situação expôs uma perda de intensidade técnica e o progressivo desmantelamento emocional. As consequências da instabilidade interna se revelaram na forma de atuações soltas e confusas no segundo tempo diante do Brusque e do Novorizontino, principalmente.
Contra Santos e Avaí, pesaram bastante as ausências (ou limitações) de jogadores importantes e estratégicos. Diante dos santistas, o time ficou sem dois titulares logo de cara e sofreu com o fraco rendimento de Nicolas. Problemas parecidos se repetiram diante do Avaí, quando o PSC jogou sem João Vieira, Edilson, Lucas Maia, Jean Dias e Paulinho Boia.
Diante de tudo isso, o jogo com o Mirassol, na próxima segunda-feira (às 18h30, na Curuzu), adquire uma importância fundamental na tentativa de reabilitação. Diante da torcida, o PSC tem a oportunidade de brecar a sequência negativa e se credenciar a brigar por uma melhor colocação no returno do campeonato.
Bola na Torre
Giuseppe Tommaso comanda o programa, a partir das 22h, na RBATV. Valmir Rodrigues e este escriba baionense participam dos debates. Em pauta, a definição na Série C e a expectativa para o jogo PSC x Mirassol pela Série B. A edição é de Lourdes Cezar e Lino Machado.
Seleção volta a contar com botafoguense camisa 7
O Botafogo volta a ceder um atleta à Seleção Brasileira, fato sempre digno de menção porque o Alvinegro é o clube que mais contribuiu com jogadores para o escrete canarinho ao longo da história. Desta vez, o atacante Luiz Henrique foi o nome escolhido. Anteriormente, tinham sido chamados o goleiro Lucas Perri e o zagueiro Adryelson, no ano passado.
Com base nas excelentes atuações de Luiz Henrique na temporada, o técnico Dorival Júnior chamou o jogador, que é um dos destaques do Botafogo com grandes performances na Série A e na Copa Libertadores.
Luiz Henrique vive uma situação diferente de outros craques brasileiros que passaram por clubes da Europa. Ele não se acomodou com a contratação pelo Botafogo – R$ 20 milhões de euros (R$ 106,6 milhões), a maior de todos os tempos no futebol brasileiro – e quer fazer da passagem pelo clube um trampolim para voltar à vitrine das grandes ligas europeias.
Sabe que o caminho a ser seguido é o de mostrar qualidade e ganhar visibilidade. Aos 23 anos, LH já havia sido incluído na pré-lista da Copa do Mundo de 2022, mas perdeu espaço no Real Bétis, da Espanha, caindo de cotação junto aos técnicos da Seleção.