Durante a reunião do Conselhão em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que a nova estrutura tributária do país vai operar com uma plataforma digital capaz de processar cerca de 70 bilhões de operações e documentos por ano. Esse sistema será 156 vezes maior que o Pix em volume de dados — e 11 vezes maior que o atual sistema de notas fiscais eletrônicas da Receita Federal.
Chamada pelo ministro de “o primeiro sistema tributário digital do mundo”, a iniciativa já conta com investimento tecnológico de R$ 1,6 bilhão voltado à criação da estrutura virtual que sustentará a reforma tributária.
Nova estrutura por etapas
A nova estrutura será implantada por etapas: a previsão é que entre em vigor já no próximo ano, mas só alcance funcionamento pleno até 2033.
Para regulamentar a reforma, foram montados 30 grupos de trabalho dedicados ao tema, com 90 servidores da Receita Federal focados unicamente nessa tarefa. Paralelamente, há outros 32 grupos responsáveis pelo desenvolvimento do sistema de tecnologia da informação, reunindo servidores da Receita Federal e do Serpro.
Além disso, cerca de 200 entidades representativas dos setores econômicos participam como colaboradores e observadores, interagindo com todos os grupos de trabalho da Fazenda Nacional.