O meia Dodô foi um dos primeiros reforços do Remo na temporada e chegou cercado de boas expectativas, que seis meses depois não se confirmaram. Foi contratado com base nas passagens bem-sucedidas no Atlético-MG e no Fortaleza. Suas características casavam com as carências do time azulino. Jogador habilidoso, bom condutor de bolas, articulador capaz de quebrar linhas de marcação.
Essas qualidades só foram parcialmente mostradas nos primeiros jogos do Campeonato Paraense, com destaque para a auspiciosa estreia diante do São Francisco quando marcou um golaço de fora da área. Ficou nisso.
Com atuações pouco convincentes, ele perdeu espaço no decorrer do Estadual, ainda sob o comando de Rodrigo Santana, e não recuperou a titularidade quando Daniel Paulista assumiu.
Contra o Coritiba, pela Série B, a substituição veio na etapa inicial. O time não conseguia se conectar, as transições não se completavam e ficou claro que o problema estava na baixa movimentação de Dodô. A substituição foi providencial. Ele saiu e o Remo partiu para vencer a partida.
Nas últimas rodadas, diante da perda de jogadores importantes do setor de armação (Jaderson, Régis), Dodô voltou a ser lembrado. Entrou no 2º tempo do clássico Re-Pa, sem acrescentar nada ao time, e é cotado para entrar jogando contra o Athletic, no próximo domingo.
Às voltas com a falta de alternativas para montar o meio-de-campo, o técnico Antônio Oliveira parece a fim de abrir oportunidade para Dodô mostrar seu valor. É agora ou nunca. A torcida, de maneira ampla e irrestrita, não aposta mais fichas no meia. Junto com Felipe Vizeu, ele é quase página virada desse folhetim remista.
Desempenhos abaixo da expectativa ficam mais expostos em momentos de oscilação, naturais em campeonatos difíceis como a Série B. É justamente a fase vivida pelo Remo, que nas últimas seis rodadas só venceu uma vez. A essa altura, quem não rende acaba por ser forçosamente descartado.
A necessidade de uma reação imediata força Oliveira a buscar soluções imediatas. Com isso, pode estar surgindo a última oportunidade para jogadores como Dodô e Vizeu, visto que a última janela de transferências será aberta no dia 10 de julho e o Remo vai ao mercado buscar reforços.
Copa faz explodir o ufanismo rubro-negro
Uma Copa do Mundo tem sempre um quê de apaixonante. Esta, que reúne clubes pela primeira vez, segue a tradição. A pachequice está solta, levando a gestos e opiniões absolutamente bizarras. Desde a estreia do Flamengo, batendo o assustador Espérance e depois virando sobre o poderosíssimo Chelsea, os superlativos começaram a escassear por excesso de uso.
Sim, muito além da torcida em verde-amarelo pelos quatro representantes nacionais, agiganta-se gloriosamente o ufanismo rubro-negro.
A mídia, popularmente apelidada de Flapress desde os anos 1950, cumpre com afinco o papel de louvar sempre o esquadrão da Gávea. Não importa se o time apresenta imensos lapsos criativos ou se Filipe Luís nutre algumas preferências inexplicáveis, como Danilo e Varela.
Nada disso afeta o processo de endeusamento. O Fla é cotado desde antes da Copa como favorito ao título, por mais temerária que fosse a previsão. Basta observar as mesas-redondas esportivas, unânimes em destacar a genialidade de Filipe Luís, jovem técnico que foi comparado por Renato Maurício Prado a ninguém menos que Rinus Michels, o holandês que inventou o conceito de futebol-total.
Ontem, o jornal O Globo amanheceu destacando em seu portal a manchete: “Após empate do Flamengo, imprensa internacional se rende a Arrascaeta”. Algo como o mundo se curva aos pés do atleta uruguaio – e em tom sério! O exagero está no fato de que Arrascaeta e seus companheiros cumpriram um jogo sofrível diante do frágil Los Angeles FC.
Nenhum jornal europeu fez referência à atuação de Arrascaeta, excelente jogador no Brasil, mas visto sempre com desconfiança até em seu país, onde não consegue ser titular absoluto da Celeste Olímpica.
A depender das previsões da bancada da mídia, o futebol bailarino do Mengo tem tudo para fazer o gigante alemão dançar miudinho. Te cuida, Bayern!
Vôlei do Pará vence Divisão Especial sub-18
O Voleibol do Pará subiu no lugar mais alto do pódio na 4ª edição da Taça Brasília com os times sub-18, masculino e feminino, do Clube do Remo, campeões da divisão especial. Com apoio do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), a equipe feminina da Tuna Luso Brasileira ganhou a prata na categoria sub-18 e bronze no sub-16.
Evento realizado de 19 a 22 de junho, no Colégio Marista de Brasília e Corjesu, a Taça Brasília de Voleibol reuniu equipes de todos o Brasil e foi organizada pela Federação de Vôlei do Distrito Federal, em parceria com o Ministério do Esporte.
Para o técnico do time masculino do Leão, Édson Wander, “o apoio do Governo foi fundamental para essa dupla conquista inédita, e invicta, para as equipes masculina e feminina do sub-18 do Vôlei do Clube do Remo, e para o voleibol paraense. O Pará foi muito bem representado pelo Leão Azul”.