A vitória de 1 a 0 sobre o América-MG, sábado à tarde, em Belo Horizonte, deixou o Remo colado ao G4 da Série B, a um ponto da Chapecoense (4º colocada). Um resultado excelente, que recoloca o time paraense no pelotão dos clubes que brigam pelo acesso à Série A. Apesar disso, boa parte da torcida reagiu criticamente à apresentação da equipe.
A principal queixa dos torcedores diz respeito à falta de apetite do time para buscar marcar mais gols e obter uma vitória mais tranquila. Nem mesmo o fato de ser um jogo fora de casa atenuou as críticas à performance do time dirigido por Antônio Oliveira.
É como se o Remo tivesse atuado mal, sem convencer tecnicamente. Apesar da queda de rendimento ao longo da partida, a apresentação foi satisfatória. Na prática, o time procurou controlar as ações depois de abrir o placar logo aos 4 minutos, quando Marrony cobrou pênalti sofrido por Matheus Davó – em jogada iniciada pelo próprio Marrony.
Quatro minutos depois, o lance se repetiu e Davó foi novamente lançado por Marrony. O centroavante entrou na área, mas errou ao finalizar, tirando do goleiro e mandando a bola à direita da trave do América.
A rigor, o Remo só teve problemas em dois lances de Willian Bigode, que recebeu dentro da área e falhou nos arremates. Ainda assim, a postura do Leão foi tranquila, conseguindo neutralizar as articulações do América.
O 2º tempo teve o América com mais posse de bola, mas criando apenas duas situações de perigo. O primeiro com Figueiredo, que bateu cruzado para grande defesa de Marcelo Rangel. Depois, uma bola na trave, aos 33 minutos, que Reynaldo conseguiu afastar a tempo.
Não foi a primeira vitória “contestada” pela torcida. Desde que Antônio Oliveira assumiu, no Re-Pa da 13ª rodada, o time tem sido frequentemente criticado. Em alguns momentos, são questionamentos cabíveis. A demora excessiva em mexer no time é de fato um problema sério.
Diante do América, com alguns jogadores visivelmente desgastados e baixa movimentação no meio-campo, Oliveira custou a lançar Jaderson e Régis. Demorou também em substituir Davó, que sumiu do jogo na etapa final.
De maneira geral, porém, soa estranho reclamar de uma campanha de 33 pontos na Série B mais equilibrada dos últimos tempos. O Remo não pratica um futebol vistoso, mas tem se sobressaído em meio ao equilíbrio reinante. Está no mesmo nível de Coritiba e Goiás, que se revezam na liderança. É óbvio que há mérito nisso.
Tuna faz 2 a 0, mas está fora da Série D
Como em 2023, o Maranhão veio ao Souza e se deu bem. Perdeu por 2 a 0, mas comemorou a passagem à 3ª fase da Série D. A Tuna, ao contrário, teve que se contentar com uma despedida honrosa diante de sua apaixonada torcida, depois de ser fragorosamente goleada em São Luís por 4 a 1.
O jogo começou como a Tuna queria. Meteu um gol logo no primeiro minuto. Após escaramuça na área, Ronaldy abriu o placar. Era o cenário dos sonhos para o desafio de vencer por quatro gols de diferença. Ficou a impressão de que a Lusa iria fazer mais gols ainda no 1º tempo.
Durante os 45 minutos iniciais, a Tuna se desdobrou em cruzamentos e tentativas de pressionar a defensiva maranhense, mas a falta de qualidade comprometeu a armação de jogadas, facilitando o bloqueio do MAC.
Uma chuva de verão caiu sobre o Souza e refrescou o ambiente, mas o confronto continuou pegado e indefinido. A Tuna tinha Alex Silva, Paulo Rangel e Ronaldy avançados, mas o meio-campo errava muitos passes. Inexplicavelmente, Germano e Gabriel Furtado permaneciam no banco.
Quando o técnico Inácio Neto resolveu mexer, o jogo já havia entrado no modo desespero. Gabriel entrou junto com Marlon e Emerson, mas a Tuna seguiu martelando cruzamentos sem maior perigo.
O segundo gol veio aos 44’, quando não havia mais tempo para uma reação. Em novo tumulto na área, que começou com pênalti sobre Gabriel Furtado, a bola sobrou para Paulo Rangel estufar o barbante. Germano não entrou e o meio-campo seguiu errando passes e a defesa dando chutão.
A partida terminou com um gosto de frustração para a torcida cruzmaltina. O time se despede do Brasileiro com a marca de melhor mandante, mas derrubado por uma partida infeliz e desastrosa fora de casa.
Papão lança força máxima para superar o Vila
A partida pode marcar a sonhada saída da zona de rebaixamento. Com 21 pontos, o PSC precisa da vitória para deixar a vice-lanterna da competição. O Vila Nova vive uma fase de instabilidade, tem vários desfalques e traz um novo técnico, Paulo Turra.
O ataque que garantiu ao Papão a impressionante campanha de nove jogos de invencibilidade está confirmado para a partida: Marlon, Diogo Silva e Garcez. No meio, uma alteração. Ronaldo Henrique substitui Anderson Leite. A zaga terá Luan Freitas ao lado de Novillo e Thalison.
A Curuzu deve ter um grande público para empurrar a equipe na busca pelos três pontos. O técnico Claudinei Oliveira mantém a receita que vem garantindo a boa fase: time organizado e intenso, do começo ao fim, sem jamais abrir mão de brigar pela vitória.