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Vaquinha para alpinista que resgatou corpo de Juliana Marins é cancelada

A campanha online criada para arrecadar fundo ao alpinista Agam foi cancelada neste domingo, 29 de junho. Entenda!

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Imagem: Reprodução/Redes sociais
Imagem: Reprodução/Redes sociais

A campanha online criada para arrecadar fundo ao alpinista Agam — voluntário que liderou o resgate do corpo da brasileira Juliana Marins, na Indonésia — foi cancelada neste domingo, 29 de junho. Segundo as plataformas Voaa e Razões Para Acreditar, o valor arrecadado até o momento será devolvido integralmente e de forma automática a partir desta segunda-feira, 30, via o mesmo meio de pagamento utilizado pelos doadores.

A iniciativa começou na última quarta-feira (25), quando grupos brasileiros sensibilizados com a história do resgaste, que envolveu uma descida de 590 m em condições extremas, uniram-se em doações que ultrapassaram R$ 500 mil. Entretanto, a polêmica em torno da taxa administrativa de 20 % cobrada pela Voaa gerou forte reação nas redes sociais.

Em nota oficial, as plataformas explicaram que a cobrança — informada previamente aos doadores — cobre serviços de curadoria, verificação, produção de conteúdo, comunicação estratégica, gestão jurídica e financeira, além do acompanhamento integral da campanha. “Reconhecemos que a comunicação nesta história poderia ter sido mais clara”, acrescentaram.

Apesar da justificativa, a repercussão negativa levou ao cancelamento imediato da campanha. Nas redes, internautas criticaram tanto a taxa quanto a decisão de invalidar os repasses ao voluntário. Um perfil questionou: “Era só cancelar os 20%… Agora vão deixar o Agam e a equipe de mãos vazias?”.

O resgate

Juliana Marins, publicitária de 26 anos, desapareceu no sábado, 21 de junho, após escorregar durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. Seu corpo só foi localizado vários dias depois, e a missão de resgate foi descrita como heroica, com Agam e mais sete voluntários arriscando suas vidas em condições adversas.

Durante a operação, o grupo dividiu um único chocolate para se alimentar, contrariaram chuva, frio, instabilidade do terreno — e passaram horas ao lado do corpo de Juliana para evitar que ele deslizasse pela encosta de 300 m. Agam relatou que sabia dos riscos: “Na hora que desci, sabia que talvez não tivesse volta. Mas ela não podia ficar lá sozinha”.

A campanha havia sido aprovada pelo próprio Agam, que anunciou que dividiria o valor com a equipe e investiria parte em ações como reflorestamento.

O que acontece agora?

Os doadores não precisam realizar nenhuma ação: a devolução será automática segundo o canal de pagamento utilizado. O destino do montante à equipe de Agam, no entanto, ficará suspenso — e provocou fortes críticas públicas.