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Turista paraense ironiza Maduro e 'desaparece' na Venezuela

Ele é servidor do Ministério da Saúde e viajou de carro para a Venezuela, e não mantinha contato desde o dia 23 de setembro até esta terça-feira, 8.

Ele é servidor do Ministério da Saúde e viajou de carro para a Venezuela, e não mantinha contato desde o dia 23 de setembro até esta terça-feira, 8.
Ele é servidor do Ministério da Saúde e viajou de carro para a Venezuela, e não mantinha contato desde o dia 23 de setembro até esta terça-feira, 8.

Um cidadão paraense passou duas semanas desaparecido na Venezuela. Sem dar notícias, a família em Belém acreditou que ele estivesse detido pelo exército do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Anderson Bonente Melo, servidor do Ministério da Saúde, foi visitar Caracas, capital venezuelana, e resolveu fazer uma foto em frente ao Palácio Miraflores, sede da presidência local, e acabou sendo levado pelos militares que, segundo ele próprio revelou o “confundiram com um espião”. A aventura do paraense em Caracas foi descrita em matéria no site de “O Globo”.

Um dos irmãos de Bonente, que chegou a viajar para o país vizinho em busca de informações, acionou o Tribunal Regional do Pará (TRE-PA) onde é servidor, em busca de apoio para o turista paraense.

O presidente da corte, desembargador Leonam Gondim da Cruz Júnior, enviou um ofício à presidente do Tribunal Superior Eleitoral, a ministra Cármen Lúcia, para pedir orientações. O Itamaraty também foi acionado após o desaparecimento do brasileiro.

Na última terça, 8, Anderson Bonente Melo entrou em contato com a família. “Tive um problema com o Exército da Venezuela. Estava batendo uma foto no centro do Palácio Miraflores. Era proibido, e eu não sabia. Entenderam como uma espionagem. Apreenderam meu celular, o meu notebook, carro, tudo mais, para poder me investigar”, disse ele em mensagem à família.

Anderson disse ainda que, depois de quinze dias, as autoridades venezuelanas concluíram que ele era apenas um turista. No áudio, divulgado pelo O Globo, Melo diz que, após ter os pertences recolhidos, ficou “sem condições de entrar em contato”. Após reaparecer, o brasileiro contou com apoio da Embaixada do Brasil na Venezuela, segundo informação dos familiares.

O viajante – que foi de carro para a Venezuela – contou que fez uma brincadeira nas fotos tiradas em frente ao Palácio de Maduro. Em frente ao Miraflores ele avisa: “Agora vou ter uma conversa séria com Nicolás Maduro”. Por causa dessas brincadeiras nas redes sociais, parentes e amigos levantaram a hipótese de que ele pudesse ter sido detido pelo regime de Maduro por conta das publicações.

Em sua foto de perfil no Instagram, Anderson aparece junto a uma bandeira da Venezuela. Ele se apresenta como um viajante de carro e apreciador de um estilo de vida sobre quatro rodas.