O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que os EUA assumirão o controle da Faixa de Gaza e transformarão a região em uma “Riviera do Oriente Médio”, após reassentar os palestinos em outros territórios. A proposta rompe com a histórica política externa dos EUA em relação ao conflito israelense-palestino e gerou forte reação internacional.
Repercussão internacional A Arábia Saudita, um dos principais atores da região, criticou duramente a proposta, ressaltando que rejeita qualquer deslocamento forçado de palestinos. O governo saudita reforçou sua posição de não estabelecer laços com Israel sem a criação de um Estado palestino.
Outros países também reagiram. A China manifestou oposição ao deslocamento dos palestinos, defendendo a solução de dois Estados. A Turquia classificou a proposta de Trump como “inaceitável”. O grupo palestino Hamas criticou a declaração, chamando-a de “absurda” e alertando para o risco de inflamar ainda mais a região.
Plano controverso A proposta de Trump foi feita durante uma entrevista coletiva com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Ele declarou que os EUA fariam “um bom trabalho” ao desenvolver Gaza, gerando “milhares de empregos” e criando um local do qual “todo o Oriente Médio poderia se orgulhar”. No entanto, não foram fornecidos detalhes sobre como o plano seria implementado.
A iniciativa desafia a política tradicional dos EUA, que historicamente apoia a incorporação de Gaza a um futuro Estado palestino. A falta de clareza sobre a viabilidade e as implicações políticas da proposta levanta dúvidas sobre sua execução.
Visitas planejadas Trump também afirmou que pretende visitar Gaza, Israel e Arábia Saudita, sem especificar datas. Enquanto isso, Netanyahu evitou comentar a proposta diretamente, mas elogiou Trump por explorar “novas abordagens” para a região.