Antes de se tornar presidente dos Estados Unidos, em 2017, Donald Trump (que retornará à Casa Branca após a eleição mais disputada das últimas décadas) já chegou a gastar mais de US$ 200 milhões (R$ 1,2 bilhão) por ano. Esse e outros registros bancários de Trump ao longo dos anos foram mencionados durante o julgamento de fraude enfrentado por ele no início deste ano – e detalhados, neste sábado (7), em reportagem da Forbes.
Depois que chegou à Casa Branca, o republicano teve os gastos reduzidos drasticamente para menos da metade. De US$ 200 milhões anuais, passou para US$ 60 milhões (R$ 364,8 milhões). Ainda segundo o levantamento da Forbes, o bilionário gastava, em média, entre 2010 e o começo de 2019, cerca de US$ 130 milhões (R$ 790,4 milhões) anuais, ou US$ 11 milhões (R$ 66,88 milhões) por mês.
Em 2010, Trump arrecadou US$ 50 milhões (R$ 304 milhões) anuais com o reality show “O Aprendiz” (2004) – valor maior, à época, do que o arrecadado com os seus empreendimentos imobiliários
No mesmo ano, gastou US$ 37 milhões (R$ 224,96 milhões) na compra de um Boeing 757 (representando mais de um terço de suas despesas totais naquele ano, que somaram US$ 101 milhões, ou cerca de R$ 614 milhões). Ainda em 2010, também comprou um helicóptero por US$ 25 milhões (R$ 152 milhões)
Entre 2012 e 2016, Trump gastou cerca de US$ 600 milhões (R$ 3,6 bilhões) em investimentos imobiliários, representando 80% de seus gastos
No mesmo período, Trump também investiu cerca de US$ 65 milhões (R$ 395,2 milhões) em sua campanha presidencial. Quando assumiu a presidência dos EUA, suas despesas diminuíram em mais de US$ 100 milhões (R$ 608 milhões) por ano
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As despesas de Trump caíram para US$ 83 milhões (R$ 504,6 milhões) em 2018, o nível mais baixo desde 2012, e continuaram a diminuir para cerca de US$ 60 milhões (R$ 364,8 milhões) no ano seguinte
Em 2022, Trump vendeu seu hotel em Washington D.C. com prejuízo por US$ 375 milhões (R$ 2,28 bilhões), transferindo o problema para novos investidores, que acabaram perdendo a propriedade
A Forbes também destaca que, às vésperas de voltar para a presidência dos EUA, Trump se encontra em uma posição financeira “imprevisível”: “As operações da Trump Organization estão em boa forma, mais enxutas e lucrativas do que durante seu primeiro mandato (entre 2017 e 2021). Com menos fragilidades em seu império, Trump talvez consiga gastar menos de US$ 50 milhões (R$ 304 milhões) em 2025, o que faria do próximo ano um dos mais baratos em sua memória recente”.
“No entanto, esse cenário é assumindo que tudo corra como o planejado, o que pode não acontecer. Em 6 de julho de 2025 irá vencer um empréstimo de US$ 117 milhões (R$ 711,36 milhões) contra uma das propriedades de Trump em Nova York. O presidente eleito, que ainda não refinanciou a dívida, pode ter que recorrer ao próprio bolso para pagar o credor. Alguns problemas legais também estão à espreita, já que Trump deve um total de US$ 578 milhões (R$ 3,51 bilhões), incluindo juros, decorrentes de três casos judiciais, todos atualmente em apelação. As perdas podem forçar os subordinados de Trump a vender ou refinanciar ativos enquanto ele atua como presidente”, conclui a reportagem.
(AG)
