
Uma repórter que acompanhava a palestra do ativista Charlie Kirk no momento em que ele foi baleado na Universidade Utah Valley, em Utah, afirmou que o apoiador de Trump estava respondendo a perguntas do público pouco antes de ser atingido.
QUE ACONTECEU
Kirk respondia à segunda pergunta do evento quando foi atingido no pescoço. A informação foi dada por Emma Pitts, do Deseret News. Ao The Guardian, Emma afirmou que o clima na universidade antes do evento era de “positividade” e de pessoas animadas.
A pergunta em questão era sobre quantos atiradores em massa existiram nos Estados Unidos nos últimos 10 anos. Segundo as testemunhas, o homem respondeu: “Contando ou não com a violência de gangues?”, segundos antes de ser atingido.
Antes disso, o público também perguntou a Kirk quantos atiradores transexuais existiram no país nos últimos anos. Ele respondeu “muitos” e foi aplaudido. A pergunta tem relação direta com um dos casos de atiradores mais recente do país, quando uma mulher trans matou duas crianças dentro de uma escola católica de Minneapolis.
Momento seguinte ao tiro foi de caos e desespero, lembrou a repórter. “Não sei o quão rápido foi, provavelmente durou um minuto. Todo mundo correu e a universidade foi totalmente evacuada”, afirmou.
Depois que os tiros foram disparados, todo mundo se abaixou. Eu e a minha colega nos abraçamos o mais apertado que conseguimos enquanto tentávamos ficar escondidas.Emma Pitts, repórter, ao jornal The Guardian
Autor do atentado, que teria atirado de cima de um telhado, não foi preso até o momento. As autoridades acreditam que a pessoa que atirou estivesse em um prédio próximo ao campus e não tenha contado com ajuda.
RELEMBRE O CASO
Charlie Kirk morreu nesta quarta-feira (10), aos 31 anos. Ele foi baleado no pescoço durante um evento na Universidade Utah Valley, em Orem, no estado de Utah (EUA). O influenciador chegou a ser socorrido, mas morreu enquanto passava por uma cirurgia, segundo a CBS.
Confirmação da morte foi feita pelo próprio presidente dos EUA na sua rede social. “O grande, e até mesmo lendário, Charlie Kirk está morto. Ninguém compreendia o coração da juventude dos Estados Unidos da América melhor do que Charlie. Ele era amado e admirado por TODOS, especialmente por mim”, escreveu Trump.
Um suspeito foi detido e liberado após interrogatório. A informação foi confirmada pelo diretor do FBI, Kash Patel, em post no X. Até a publicação deste texto, a identidade do suspeito não havia sido revelada. Também segundo o a polícia federal dos EUA, as buscas continuam.
QUEM ERA CHARLIE KIRK
Ativista político apoiador de Trump era líder do Turning Point USA. A organização mobiliza eleitores jovens em seus eventos em universidades pelos EUA e levou muitos a votarem no Partido Republicano nas eleições do ano passado.
Influenciador conservador acumulava mais de 14 milhões de seguidores nas redes sociais combinadas. O site Axios já o classificou como um dos dez influenciadores do mundo com maior engajamento.
Com 31 anos, era casado e tinha dois filhos. Sua esposa, Erika Kirk, costuma publicar imagens da família em seu perfil no Instagram. Desde o começo do mês ela vinha fazendo uma contagem regressiva para um anúncio relacionado à família, que estava planejado para acontecer no dia 16 deste mês.
Kirk fundou e presidia a Turning Point USA. A organização sem fins lucrativos organiza eventos e atividades em faculdades e escolas de ensino médio defendendo valores conservadores. A Turning Point USA está presente em cerca de 3.500 instituições de ensino em todos os 50 estados do país.
Ele também apresentava o The Charlie Kirk Show. O programa é transmitido em cerca de 150 estações de rádio dos Estados Unidos e também é ouvido como podcast nas plataformas de áudio.