Três paraenses, um espanhol e um colombiano foram presos com 6,5 toneladas de cocaína pura durante uma operação conjunta da Polícia Judiciária e da Marinha de Portugal, com a cooperação de órgãos do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Os cinco homens viajavam em um submersível semissubmersível que partiu de Macapá (Brasil) com destino ao porto de Sines, em Portugal, transportando a droga, que teria origem na Colômbia e na Bolívia.
A interceptação ocorreu a cerca de 920 quilômetros do arquipélago dos Açores (território português), quando a embarcação foi flagrada pelas autoridades.
Os três brasileiros foram identificados como:
- Maikon Reis da Silva, 38 anos;
- Nelson da Páscoa Correa Costa, 61 anos (ambos naturais de Abaetetuba, Pará);
- José Mauro Gonçalves, 52 anos (natural de Igarapé-Miri, Pará).
A embarcação, construída possivelmente por um cartel de narcotráfico, foi localizada a 550 milhas náuticas dos Açores e a 680 milhas náuticas a sudoeste das Ilhas Canárias.
Após a apreensão, a Marinha portuguesa rebocou o submersível até a costa, e os suspeitos foram detidos por tráfico internacional de drogas. Eles devem permanecer presos em Portugal, enquanto um dos brasileiros enfrenta problemas graves de saúde.
O submersível era feito de fibra de vidro, com madeira e quilha de chumbo para equilíbrio durante a navegação. Em 2015, a Polícia Civil do Pará, por meio da Delegacia de Entorpecentes, já havia apreendido uma embarcação semelhante. Em 2023, outro submersível foi encontrado desmontado em rios de São Caetano de Odivelas (PA).
O prejuízo para os narcotraficantes foi estimado em mais de R$ 3 bilhões. Segundo as autoridades, a operação reforça o combate europeu ao narcotráfico transatlântico, que tem usado rotas cada vez mais sofisticadas, incluindo submersíveis.
Como a droga partiu do Brasil, as investigações continuam para identificar os responsáveis pela organização do esquema criminoso após interrogatório dos cinco presos.