Depois de três dias de buscas, as polícias locais e o FBI prenderam nesta sexta-feira, 12 de setembro, o cidadão norte americano Tyler Robinson, de 22 anos, suspeito de disparar o fuzil que matou, com um único tiro, o ativista político Charlie Kirk na última quarta-feira, 10, em Utah. A informação foi confirmada pelo governador daquele estado, Spencer Cox. Ele deve ser indiciado ainda hoje.
O suspeito não era aluno da universidade onde o crime ocorreu. No entanto, no dia em que Kirk deu a palestra na instituição, ele foi até a universidade dirigindo seu carro. Depois de atirar, trocou de roupa e fugiu a pé, segundo o governador.
A polícia também encontrou, em uma rede social sua, mensagens sobre uso de fuzis e cartuchos de bala. E afirmou que o suspeito deixou mensagens inscritas no fuzil e cartuchos supostamente utilizados no crime contra a vítima.
Parentes relataram à polícia que o suspeito radicalizou seu discurso político nos últimos anos. Robinson não tinha antecedentes criminais e era eleitor registrado, mas não era filiado a nenhum partido político, de acordo com registros estaduais analisados pela agência de notícias Reuters. O pai dele é vice-xerife há 27 anos.
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Ele se entregou após ter sido denunciado por familiares e amigos. Relatos feitos à polícia por pessoas próximas o atirador disseram que, dias antes do assassinato, Robinson havia relatado a eles que Charlie Kirk estaria em Utah para uma palestra a jovens universitários e disse não gostar do ativista.
Familiares de Robinson também disseram à polícia que Kirk era visto como “cheio de ódio, e espalhando ódio”, em referência às posições que o ativista aliado de Trump defendia.
Quem era Charlie Kirk
Charlie Kirk era um influenciador republicano de 31 anos, aliado do presidente dos EUA, Donald Trump. Extremamente conservador, ele discursava em um evento na Universidade Utah Valley quando foi alvejado. Uma de suas defesas mais aguerridas, para além de proibição total do aborto, fim de políticas de equidade racial e não reconhecimento da transexulidade e mudanças climáticas, era a da liberação de armas para cidadãos comuns.
Uma de suas frases mais conhecidas inclusive minimizava a possibilidade de aumento de mortes violentas por armas de fogo. “Eu acho que vale a pena ter, infelizmente, algumas mortes por arma a cada ano, para que a gente tenha a Segunda Emenda para proteger os nossos direitos dados por Deus”, chegou a declarar, em defesa do armamentismo.
