GUERRA

Pressão cresce por libertação de reféns; Israel mantém ofensiva em Gaza

 O comandante do Estado-Maior do Exército israelense advertiu que, se os reféns em poder do grupo terrorista Hamas não forem libertados da Faixa de Gaza.

 O comandante do Estado-Maior do Exército israelense advertiu que, se os reféns em poder do grupo terrorista Hamas não forem libertados da Faixa de Gaza
FOTO: divulgação

 O comandante do Estado-Maior do Exército israelense advertiu que, se os reféns em poder do grupo terrorista Hamas não forem libertados da Faixa de Gaza, o “combate prosseguirá sem trégua”. As declarações do tenente-general Eyal Zamir foram expressadas num comunicado divulgado durante uma visita dele às tropas no território palestino, um dia antes de o enviado especial para o Oriente Médio da Casa Branca se reunir com familiares dos reféns.

“A guerra continua e vamos adaptá-la à realidade que sofre alterações de acordo com nossos interesses”, disse ele, antes de ressaltar que “os resultados obtidos nos proporcionam flexibilidade operacional”.

A guerra foi desencadeada pelo ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, que provocou a morte de 1.219 pessoas do lado israelense, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais.

Das 251 pessoas sequestradas naquele dia, 49 continuam como reféns em Gaza.

Neste sábado, o enviado de Trump para o Oriente Médio se reuniu em Tel Aviv com as famílias dos reféns israelenses na Faixa de Gaza. “Steve Witkoff está em uma reunião com famílias dos reféns”, afirmou à AFP um integrante do Fórum de Famílias de Reféns. Cercado por seguranças, Witkoff seguiu até a chamada Praça dos Reféns em Tel Aviv, onde estavam parentes das 49 pessoas que permanecem em cativeiro em Gaza ? vivas ou supostamente mortas ?, sequestradas em 7 de outubro de 2023 durante o ataque do Hamas.

Witkoff visitou na sexta-feira a Faixa de Gaza, e prometeu aumentar a ajuda humanitária após uma reunião com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. A campanha de retaliação de Israel deixou mais de 60 mil mortos em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.

Recebido com apelos de “Tragam [os reféns] para casa agora!”, Witkoff conversou com familiares em um prédio vizinho, observou um fotógrafo da AFP.

Centenas de pessoas, algumas vestidas de preto e carregando fotos de seus entes queridos, manifestaram-se na manhã de sábado nesta praça, simbolicamente renomeada “Praça dos Reféns”, que se tornou um ponto de encontro para as famílias dos reféns e manifestantes que exigiam o fim das hostilidades.

? Basta! ? disse Michel Ilouz, pai do refém Guy Ilouz.

Yotam Cohen, irmão do refém Nimrod Cohen, afirmou que “o governo israelense não encerrará a guerra por vontade própria. Ela precisa ser interrompida? .