
Uma megaoperação das autoridades espanholas resgatou 160 mulheres vítimas de exploração sexual em várias províncias no país.
Grupo criminoso monitorava vítimas por sistema de câmeras de vigilância em tempo real. As mulheres, predominantemente sul-americanas, eram obrigadas a ficar em bordéis clandestinos e só podiam sair do local por duas horas durante o dia, segundo as autoridades. A operação fez parte de uma força-tarefa envolvendo a Guarda Civil, a Polícia Nacional e a Vigilância Aduaneira.
Investigações começaram após denúncias feitas por três vítimas. Até o momento, as autoridades capturaram 37 pessoas ligadas à organização criminosa. Nove delas permanecem presas preventivamente.
Vídeo gravado da operação mostra até portas com grades. Vítimas eram mantidas em cômodos pequenos sem ventilação adequada e eram obrigadas a pagar multas por motivos variados.
Exploração Sexual e Tráfico Humano
Responsáveis por bordéis clandestinos cobravam pagamento por programas e até forneciam drogas aos clientes, indicam investigações. Serviço era divulgado por anúncios de prostituição em sites, de acordo com a apuração das autoridades espanholas.
Quadrilha tinha hierarquia e funções definidas. Segundo as investigações, os membros do primeiro escalão eram proprietários ou inquilinos dos imóveis. Abaixo deles, estavam os responsáveis por supervisionar as ações, arrecadar lucros e prestar contas aos líderes do esquema. Vigilantes, motoristas e até traficantes de drogas completavam o organograma da organização criminosa, segundo a polícia.