Pier Giorgio Frassati: quem é o outro jovem canonizado pelo papa Leão 14

Pier Giorgio Frassati, canonizado recentemente pelo Papa Leão XIV, é conhecido por sua fé profunda, dedicação aos pobres e exemplo de vida cristã entre os jovens. Desde a infância, recebeu educação em casa e depois estudou na escola pública Massimo D’Azeglio. Aos 10 anos, fez a Primeira Comunhão junto com sua irmã Luciana, na capela da Sociedade das Irmãs Auxiliadoras das Almas do Purgatório, e no verão seguinte ingressou na companhia dos Pequenos Rosarianti, aprofundando seu compromisso com a oração e a Eucaristia diária.

Após concluir o ensino médio, Frassati ingressou na Faculdade de Engenharia Industrial Mecânica da Real Universidade Politécnica de Turim, com especialização em Engenharia de Minas. Durante a vida universitária, manteve intensa atuação em associações católicas, como a Federação Universitária Católica Italiana, o Centro estudantil Cesare Balbo, a Conferência de São Vicente e as Milites Mariæ. Ele também visitava famílias pobres e dedicava recursos próprios para ajudá-las, demonstrando generosidade e compromisso social.

Em 28 de maio de 1922, recebeu o hábito da Ordem Terceira Dominicana, assumindo o nome de Fra Girolamo (Frei Jerônimo). Apesar das dificuldades enfrentadas durante o período do fascismo, incluindo seu envolvimento em associações católicas e no Partido Popular Italiano, Pier Giorgio manteve seu entusiasmo pela vida comunitária e seu amor pelo montanhismo, participando do Club Alpino Italiano e da associação Giovane Montagna.

Conhecido também pelo senso de humor e pelo espírito de amizade, fundou junto com amigos a Società dei Tipi Loschi (Sociedade dos Personagens Sombrios), onde momentos de lazer eram combinados com fraternidade e prática da fé. Mesmo tendo se apaixonado por uma jovem, preservou sua modéstia e nunca declarou seus sentimentos.

No final de junho de 1925, Frassati desenvolveu poliomielite, que rapidamente levou à paralisia e à perda de apetite. Após receber os sacramentos, entrou em coma e faleceu, deixando grande comoção entre familiares, amigos e comunidade.

Seu processo de canonização começou anos depois, culminando na beatificação presidida por São João Paulo II em 20 de maio de 1990, na Praça de São Pedro. Em 2024, o Papa Francisco reconheceu um milagre de cura atribuído à sua intercessão, consolidando-o entre os santos da Igreja Católica (Vatican News).

Hoje, seu legado permanece vivo em diversos círculos da Ação Católica, que o apresentam como modelo de fé, generosidade e engajamento cristão, especialmente para os jovens (Vatican News).

Com informações do Vatican News