Descubra como ladrões invadiram o Louvre e roubaram joias valiosas em um dos maiores assaltos da história da França.
Reprodução / Louvre

Na manhã de domingo, 19 de outubro, uma quadrilha de ladrões executou um dos roubos mais audaciosos da história da França, ao invadir o Museu do Louvre em Paris. Durante o horário de visitação, enquanto os turistas começavam a explorar as galerias, os criminosos realizaram um ataque coordenado que resultou na fuga com algumas das joias mais valiosas do país. Em apenas oito minutos, eles conseguiram escapar do local, deixando a cidade em choque.

O Museu do Louvre, localizado em um palácio histórico às margens do rio Sena, atrai milhões de visitantes anualmente. A Galeria de Apolo, onde ocorreu o roubo, abriga as joias da coroa francesa e obras de arte significativas. O ataque começou por volta das 9h30, quando um caminhão com uma escada mecânica parou em frente ao museu. Dois homens da quadrilha subiram a escada e acessaram uma sacada que levava a uma janela dupla, que foi aberta com esmerilhadeiras. As autoridades confirmaram que as janelas da galeria não possuem blindagem.

O roubo em detalhes

Às 9h34, os ladrões entraram no museu e rapidamente se dirigiram à Galeria de Apolo, onde encontraram guardas desarmados. Utilizando ferramentas elétricas, eles forçaram a abertura de cabines de metal que continham as joias. Imagens de câmeras de segurança revelaram que a quadrilha levou apenas 3 minutos e 57 segundos para abrir duas cabines e roubar os itens preciosos. As joias, que datam do século 19, pertenciam a famílias imperiais, incluindo Napoleão e seu sobrinho, Napoleão III.

Os ladrões levaram um total de oito itens, avaliados em mais de R$ 550 milhões. As autoridades descreveram o roubo como “inestimável”, não apenas pelo valor monetário, mas também pelo valor histórico e cultural das peças. Contudo, nem tudo saiu conforme o planejado. A polícia encontrou a coroa Eugénie danificada na rota de fuga, indicando que os criminosos podem ter enfrentado dificuldades durante a fuga.

Reação e consequências

Após o alarme soar na sala de controle do museu, a segurança começou a reagir. Funcionários tentaram evacuar os visitantes da Galeria de Apolo, mas a situação rapidamente se tornou caótica. Uma testemunha relatou que guardas afastaram pessoas enquanto outros corriam em direção ao local do roubo. Antes de escapar, os ladrões tentaram atear fogo nas escadas mecânicas que usaram para acessar o museu, possivelmente como uma tática para atrasar a resposta da polícia.

Os criminosos fugiram em motos Yamaha TMAX, que podem atingir velocidades superiores a 160 km/h. A polícia acredita que eles seguiram em direção à rodovia A6, a principal saída de Paris. Até o momento, o paradeiro dos ladrões permanece desconhecido, e qualquer informação sobre eles é tão valiosa quanto as joias que roubaram.

Impacto cultural e histórico

O Museu do Louvre, além de ser um dos mais visitados do mundo, representa um símbolo da cultura e história francesa. As joias da coroa, que foram salvas após a Revolução de 1789, têm um significado profundo para a identidade nacional. O roubo não apenas representa uma perda financeira, mas também um ataque à herança cultural da França. O impacto desse crime pode reverberar por anos, afetando a segurança em museus e instituições culturais globalmente.

Além disso, a resposta das autoridades e a eficácia das medidas de segurança em locais de grande valor cultural serão questionadas. A investigação em curso pode levar a mudanças nas políticas de segurança em museus ao redor do mundo, uma vez que a proteção de bens culturais se torna cada vez mais desafiadora em um cenário de crimes organizados.

Relações internacionais e segurança

O roubo no Louvre também levanta questões sobre a segurança em instituições culturais em um contexto global. A França, como um dos principais destinos turísticos do mundo, precisa garantir a proteção de seus patrimônios. A colaboração internacional entre países para combater o tráfico de arte e bens culturais se torna essencial. O Brasil, por exemplo, possui uma rica herança cultural e também enfrenta desafios semelhantes em relação à proteção de seus bens históricos.

As relações diplomáticas entre a França e o Brasil, que incluem intercâmbios culturais e cooperação em segurança, podem ser fortalecidas após este incidente. A troca de informações e melhores práticas pode ajudar a prevenir futuros roubos e proteger o patrimônio cultural de ambas as nações.

Fontes:

Editado por Clayton Matos