VISITANTE DA GALÁXIA

Novo cometa de fora do Sistema Solar se aproxima da Terra: veja quando

A NASA confirmou a detecção de um novo cometa interestelar que está cruzando o sistema solar em alta velocidade.

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Este diagrama mostra a trajetória do cometa interestelar 3I/ATLAS enquanto ele passa pelo sistema solar. Ele fará sua maior aproximação do Sol em outubro. NASA/JPL-Caltech
Este diagrama mostra a trajetória do cometa interestelar 3I/ATLAS enquanto ele passa pelo sistema solar. Ele fará sua maior aproximação do Sol em outubro. NASA/JPL-Caltech

A NASA confirmou a detecção de um novo cometa interestelar que está cruzando o sistema solar em alta velocidade. Chamado de 3I/ATLAS, ele é o terceiro objeto desse tipo já identificado na história da astronomia, e representa uma rara oportunidade para a ciência estudar um corpo celeste vindo de fora do nosso sistema. A descoberta foi feita no Chile por meio do telescópio ATLAS, que rastreou sua trajetória e confirmou que o cometa não está ligado gravitacionalmente ao Sol, o que comprova sua origem interestelar. Atualmente, o 3I/ATLAS se encontra próximo à órbita de Júpiter, deslocando-se a impressionantes 59 quilômetros por segundo.

De acordo com a NASA, o cometa fará sua maior aproximação ao Sol no final de outubro de 2025, passando entre as órbitas de Marte e da Terra. Apesar da passagem próxima, não há risco de colisão: a distância mínima entre o cometa e a Terra será de cerca de 240 milhões de quilômetros, com uma trajetória que o levará mais próximo de Marte. Astrônomos já realizaram mais de 100 observações desde a descoberta e confirmaram que o 3I/ATLAS possui uma coma — uma nuvem de gás e poeira ao redor de seu núcleo — além de uma cauda visível, típica de cometas. As primeiras análises indicam que seu núcleo gelado pode ser maior do que os de objetos interestelares registrados anteriormente.

O diretor do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra da NASA, Paul Chodas, explicou que cometas interestelares como o 3I/ATLAS podem levar milhões de anos para viajar de um sistema estelar a outro. Acredita-se que este cometa venha de uma região mais próxima ao centro da Via Láctea, embora ainda não seja possível identificar sua estrela de origem. A previsão é que o cometa permaneça visível para telescópios até setembro de 2025, desapareça temporariamente ao passar atrás do Sol e volte a ser observável em dezembro, após completar parte de sua órbita.

O 3I/ATLAS se junta a um seleto grupo de objetos vindos de fora do Sistema Solar. O primeiro foi o 1I/‘Oumuamua, descoberto em 2017 no Havaí, seguido pelo 2I/Borisov, registrado em 2019 por um astrônomo amador na Crimeia. Ao contrário desses, que vieram de regiões menos profundas da galáxia, o 3I/ATLAS parece ter origem mais distante, o que o torna ainda mais interessante para os pesquisadores. Segundo Chodas, “É um visitante natural de outro canto da galáxia. Não é artificial, embora alguns possam se animar com essa ideia… é extraordinário”. A comunidade científica está entusiasmada com as possibilidades que essa visita oferece, pois esses cometas interestelares funcionam como mensageiros cósmicos, conectando nosso sistema a outros pontos distantes da galáxia.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.