
Morreu, aos 97 anos, o químico italiano Francesco Rivella, que era conhecido como o “pai da Nutella”. Segundo o jornal italiano Corriere Della Serra, ele morreu no dia 14 de fevereiro data que também marcou o aniversário de dez anos da morte do seu companheiro de trabalho, Michele Ferrero, piemontês que era dona da Ferrero, empresa que detém a pasta de avelã e outras marcas, como Ferrero Rocher, Kinder e TicTac.
Rivella trabalhou mais de 40 anos na Ferrero. A fórmula ancestral da Nutella foi criada em 1946, ao final da Segunda Guerra Mundial, como uma forma de contornar a falta de cacau, que o conflito havia feito rarear e, em decorrência disso, encarecer de forma proibitiva.
A Ferrero lançou então o Giandujot, com uma quantidade mínima de cacau, mas suficiente para imprimir sabor ao doce, então mais denso, retangular e com formato e embalagem semelhantes ao de uma barra de chocolate. Cinco anos depois, o doceiro transformou seu Giandujot de pasta em creme, agora vendido em potes, com o nome de Supercrema.
Rivella, que supervisiou os laboratórios da empresa, acompanhou Ferrero no desenvolvimento da receita icônica, que viria a se chamar Nutella em 1964 após um aperfeiçoamento da receita. Atualmente, o creme de avelã tem até um dia para chamar de seu, que foi celebrado no dia 5 deste mês.
De acordo com a imprensa italiana, Rivella vivia em Alba, na região de Piemonte, era viúvo e deixa quatro filhos. O funeral ocorre nesta segunda-feira (17), na catedral de Alba.
Nas redes sociais, o Rotary Club de Alba lamentou a morte de Rivella que, segundo a instituição, era o sócio mais antigo da unidade. “Uma figura extremamente importante e insubstituível do nosso Clube e um querido amigo que sentiremos falta. Todo o clube se une, com profunda emoção, à dor intensa de seus entes queridos”, diz a publicação. Ele foi reconhecido pelos cinquenta anos de fidelidade à associação em 2020.