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Milei agradece apoio após Brasil assumir embaixada argentina na Venezuela

O chavismo aposta em um novo inimigo internacional e, nesta quarta-feira (18), anunciou que a Justiça da Venezuela deve pedir a prisão do presidente da Argentina, Javier Milei, e de suas ministras Karina Milei (Secretaria-Geral) e Patricia Bullrich (Segurança).
O chavismo aposta em um novo inimigo internacional e, nesta quarta-feira (18), anunciou que a Justiça da Venezuela deve pedir a prisão do presidente da Argentina, Javier Milei, e de suas ministras Karina Milei (Secretaria-Geral) e Patricia Bullrich (Segurança).

O presidente argentino Javier Milei agradeceu ao Brasil por assumir a custódia da embaixada da Argentina na Venezuela após a expulsão do corpo diplomático do país comandado pelo ditador Nicolás Maduro.
“Laços que unem a amizade da Argentina com o Brasil são fortes e históricos”, disse o presidente. Ele comentou sobre o assunto em uma publicação na rede social X, nesta quinta-feira (1º).
Corpo diplomático da Argentina já abandonou a Venezuela, informou Milei. Segundo o presidente, a expulsão do país foi uma represália à condenação argentina contra “a fraude que ocorreu no último domingo”.
Um vídeo enviado ao UOL mostra a bandeira do Brasil sendo levantada na embaixada da Argentina em Caracas.
“Logo reabriremos nossa embaixada em uma Venezuela livre e democrática”, disse Milei na publicação. Representantes de outros seis países latinos também precisaram deixar o país após a eleição contestada de Maduro.
Brasil assumiu embaixada após pedido do governo Milei. A negociação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira, o embaixador brasileiro em Buenos Aires Julio Bitelli, e a chanceler argentina Diana Mondino.

CRISE DIPLOMÁTICA APÓS POSSE QUESTIONADA

Venezuela expulsou todo o corpo diplomático de sete países latino-americanos. Representantes da Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai devem deixar o país, após os governos contestarem as eleições que reconduziram o ditador Nicolás Maduro à presidência.
Esses países estão subordinados aos Estados Unidos e comprometidos com o “fascismo internacional’, disse o chanceler venezuelano, Yvan Gil.
Milei e Maduro trocaram insultos antes da conclusão da apuração das urnas. Chavistas ameaçaram invadir a embaixada argentina, mas o governo brasileiro interveio e impediu que isso acontecesse, segundo o colunista do UOL José Roberto de Toledo.
Governo brasileiro não condenou Maduro, mas também não reconheceu resultado da eleição. O Itamaraty informou, em nota, que aguarda os dados das urnas para se posicionar. O assessor do presidente Lula (PT) para assuntos internacionais, Celso Amorim, está na Venezuela desde a semana passada, e se reuniu com o ditador e seus opositores.

*LORENA BARROS E ANNA SATIE – SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)