O Irã alertou os Estados Unidos, o Reino Unido e a França que suas bases militares serão alvos caso tentem bloquear sua retaliação contra Israel, que atacou infraestruturas nucleares iranianas e matou dois líderes da cúpula militar do país na quinta-feira (12).
Qualquer país que tente interferir nas ofensivas será atacado, ameaça comunicado. ”Estará sujeito a ter todas as bases regionais do governo cúmplice atacadas pelas forças iranianas, incluindo bases militares nos países do Golfo Pérsico e navios e embarcações navais no Golfo Pérsico e no Mar Vermelho”, disse hoje o Irã em uma declaração citada pela agência de notícias iraniana Mehr.
Donald Trump, presidente dos EUA, já afirmou que ajudaria a defender Israel. Ele admitiu que ”sabia de tudo” sobre o ataque israelense e ofereceu apoio à decisão de lançar uma série de ofensivas devastadoras ao Irã, demonstrando disposição para adotar o uso da força militar para impedir o programa nuclear de Teerã. O republicano chamou ainda de ”excelente” o desempenho dos militares israelenses.
O chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, advertiu o Irã que não faça represálias contra os soldados americanos que estão em países árabes. “Os Estados Unidos calcularam que podem ajudar Israel, e os iranianos obviamente estão cientes disso, mas, no fim das contas, pelo menos publicamente, os Estados Unidos permanecem à margem”, declarou Alex Vatanka, diretor fundador do programa sobre o Irã do Middle East Institute, em Washington.
A França disse que ajudará Israel a se defender ”se estiver em condições de fazê-lo”. Ontem, durante uma coletiva de imprensa, o presidente Emmanuel Macron falou que o país não tem intenção de participar de operação ofensiva, mas ajudaria na defesa, se pudesse.
Macron também se posicionou contra o programa nuclear iraniano. Ele criticou Teerã por ter acumulado “quase 40 vezes mais urânio enriquecido do que tinha autorização”, “contornando todas as suas obrigações com a comunidade internacional e descumprindo suas próprias promessas”.
Tensões Internacionais e Conflitos Recentes
O Reino Unido diz não ter ajudado Israel no ataque ao Irã. O primeiro-ministro, Keir Starmer, falou com Benjamin Netanyahu ontem para enfatizar que Israel tem o direito à autodefesa, mas que o conflito precisa de uma solução diplomática.
IRÃ E ISRAEL TRAVAM BATALHA
Ataque iraniano deixou dois mortos e feriu 19 pessoas hoje em Israel. Um míssil atingiu casas na cidade de Rishon Lezion, no centro de Israel, segundo o serviço de resgate israelense MDA (Magen David Adom). O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, disse que o Irã cruzou a linha vermelha ao atingir civis e “pagará um alto preço por isso”.
Uma israelense morreu em um ataque de mísseis iranianos contra Israel ontem. A informação foi dada pelo site The Jerusalem Post, que também havia informado o número de 63 feridos antes do ataque ocorrido em Rishon Lezion.
Escalada do Conflito e Vítimas
No Irã, ataques israelenses de ontem deixaram 78 mortos. Em discurso na ONU, um enviado iraniano afirmou que dezenas de pessoas morreram e 320 ficaram feridos. Entre as vítimas estão militares de diversas patentes, além de cientistas que trabalhavam em bases nucleares e civis.
Episódio agravou conflito militar envolvendo as duas nações no Oriente Médio. Mais cedo, o porta-voz do exército israelense, Effie Defrin, disse que o país atingiu mais de 200 alvos no Irã desde a madrugada. Além de Isfahan, uma instalação nuclear de Natanz também foi atingida durante a onda de ataques israelenses ao território iraniano.