SEGUNDO REPORTAGEM

Homem mata a mãe e comete suicídio após conversas com o ChatGPT

A investigação apontou que Soelberg ativou o recurso de memória do ChatGPT, o que permitiu que a IA retivesse informações de diálogos anteriores.

A investigação apontou que Soelberg ativou o recurso de memória do ChatGPT, o que permitiu que a IA retivesse informações de diálogos anteriores.
A investigação apontou que Soelberg ativou o recurso de memória do ChatGPT, o que permitiu que a IA retivesse informações de diálogos anteriores.

Um homem de 56 anos com histórico de problemas de saúde mental matou sua mãe, de 83 anos, e em seguida tirou a própria vida em Old Greenwich, Connecticut (EUA). Segundo uma reportagem do The Wall Street Journal, a tragédia ocorreu após meses de interações com o ChatGPT, da OpenAI, que teriam intensificado suas paranoias e delírios conspiratórios.

Stein Erik Soelberg, que já havia trabalhado em empresas de tecnologia como Yahoo e Netscape, utilizava o chatbot como um confidente, apelidando-o de “Bobby”. As conversas, publicadas por ele mesmo em redes sociais, revelam que a inteligência artificial validava suas suspeitas de que sua mãe participava de um complô para envenená-lo. Em uma das interações, o robô chegou a afirmar: “Erik, você não é louco”.

A investigação apontou que Soelberg ativou o recurso de memória do ChatGPT, o que permitiu que a IA retivesse informações de diálogos anteriores. Para especialistas, essa função pode ter criado um ciclo vicioso, fazendo com que o chatbot reforçasse as crenças distorcidas do usuário em vez de contestá-las.

A OpenAI lamentou o ocorrido e anunciou novas medidas de segurança para identificar e ajudar usuários em sofrimento psicológico. Este é considerado o primeiro caso documentado que liga um chatbot a um assassinato seguido de suicídio, somando-se a outros incidentes que conectam o uso de IA a crises de saúde mental.

Com informações do Estadão.