HISTÓRIA

Hiroshima e Nagasaki: 80 anos dos ataques que marcaram o fim da 2ª Guerra Mundial

Há 80 anos, em 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram a primeira bomba atômica da história contra a cidade de Hiroshima, no Japão

In this Aug. 6, 1945 photo released by the U.S. Army, a mushroom cloud billows about one hour after a nuclear bomb was detonated above Hiroshima, Japan. A contentious debate over nuclear power in Japan is also bringing another question out of the shadows: Should Japan keep open the possibility of making nuclear weapons, even if only as an option?  It may seem surprising in the only country ever devastated by atomic bombs, particularly as it marks the 67th anniversary of the bombings of Hiroshima on Aug. 6, 2012, and Nagasaki three days later. The Japanese government officially renounces nuclear weapons, and the vast majority of citizens oppose them. (AP Photo/U.S. Army via Hiroshima Peace Memorial Museum)
In this Aug. 6, 1945 photo released by the U.S. Army, a mushroom cloud billows about one hour after a nuclear bomb was detonated above Hiroshima, Japan. A contentious debate over nuclear power in Japan is also bringing another question out of the shadows: Should Japan keep open the possibility of making nuclear weapons, even if only as an option? It may seem surprising in the only country ever devastated by atomic bombs, particularly as it marks the 67th anniversary of the bombings of Hiroshima on Aug. 6, 2012, and Nagasaki three days later. The Japanese government officially renounces nuclear weapons, and the vast majority of citizens oppose them. (AP Photo/U.S. Army via Hiroshima Peace Memorial Museum)

Há 80 anos, em 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram a primeira bomba atômica da história contra a cidade de Hiroshima, no Japão. Apenas três dias depois, em 9 de agosto, uma segunda bomba atingiu Nagasaki. Os ataques, que devastaram as duas cidades, se tornaram um dos capítulos mais sombrios da história mundial.

As armas nucleares, inéditas em guerras, causaram um número devastador de mortes. Nos primeiros quatro meses, estima-se que os ataques tenham matado entre 90 mil e 166 mil pessoas em Hiroshima e entre 60 mil e 80 mil em Nagasaki. Mais da metade das vítimas morreu no dia das explosões, e o restante nos meses seguintes, devido a queimaduras e aos efeitos da radiação. Pesquisas indicam que as sequelas dos ataques foram identificadas em mais de meio milhão de pessoas no Japão.

O bombardeio e o fim da guerra

O então presidente dos EUA, Harry S. Truman, autorizou o uso das bombas após exigir a rendição incondicional do Japão. O bombardeiro B-29, conhecido como Enola Gay, lançou a bomba sobre Hiroshima, apelidada de “Little Boy” e com um poder destrutivo de 15 mil toneladas.

O uso da bomba foi fruto do “Projeto Manhattan”, no qual cientistas, incluindo Albert Einstein, trabalhavam para desenvolver a arma antes que os alemães o fizessem. A decisão de utilizá-la contra o Japão foi tomada por um comitê de conselheiros.

Oito dias depois do ataque a Nagasaki, em 14 de agosto, o imperador Hirohito anunciou a rendição do Japão, pondo fim à Segunda Guerra Mundial.

Poder destrutivo e o legado dos ataques

As bombas atômicas funcionam através de um processo de fissão nuclear, onde átomos de urânio e plutônio são bombardeados e divididos, causando uma reação em cadeia com poder explosivo muito maior que os explosivos convencionais.

O uso das bombas gerou críticas, como a do ex-presidente Dwight D. Eisenhower, que, em seu livro de memórias de 1963, afirmou que elas não foram necessárias para forçar a rendição do Japão.

Em memória às vítimas, o Japão criou o Parque Memorial da Paz de Hiroshima, que se tornou Patrimônio Mundial da Unesco. Em maio de 2016, Barack Obama se tornou o primeiro presidente americano em exercício a visitar o local, fazendo um apelo por “um mundo sem armas nucleares”.

Alerta nuclear em 2025

Neste 80º aniversário, especialistas e sobreviventes dos ataques alertam que o mundo está mais próximo de usar armas nucleares do que em décadas. O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, declarou que “as divisões dentro da comunidade internacional sobre o desarmamento nuclear estão se aprofundando”. A Nihon Hidankyo, uma organização de sobreviventes dos bombardeios, que venceu o Prêmio Nobel da Paz, reforçou o apelo, afirmando que o maior desafio é “mudar a postura fria dos países que possuem armas nucleares”.

Débora Costa

Coordenadora do site Diário do Pará

Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela UNAMA (Universidade da Amazônia). Especialista em Comunicação Corporativa e Marketing Empresarial com ênfase em mídias e redes sociais. Coordena o site Diário do Pará, parte do Grupo RBA, desde 2010. Ao longo da carreira, atuou na cobertura de diversas editorias, além de ter experiência no veículo de TV e na Coordenação do Núcleo de Mídias Digitais. 📍 Nascida em Belém-PA 📌 Redes Sociais: 📷 Instagram: @debboracosta 🐦 X: @debboracosta 💼 LinkedIn

Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela UNAMA (Universidade da Amazônia). Especialista em Comunicação Corporativa e Marketing Empresarial com ênfase em mídias e redes sociais. Coordena o site Diário do Pará, parte do Grupo RBA, desde 2010. Ao longo da carreira, atuou na cobertura de diversas editorias, além de ter experiência no veículo de TV e na Coordenação do Núcleo de Mídias Digitais. 📍 Nascida em Belém-PA 📌 Redes Sociais: 📷 Instagram: @debboracosta 🐦 X: @debboracosta 💼 LinkedIn