Os mísseis disparados pelo Irã contra Israel nesta terça-feira (1º) voltaram a pôr em foco o sistema de defesa aérea israelense que, segundo o governo, é capaz de conter 90% dos projéteis disparados contra o território.
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, disse que ação foi “apenas parte da capacidade” do país e uma resposta às ofensivas de Israel contra integrantes do Hezbollah, facção baseada no Líbano e financiada por Teerã. Autoridades em Tel Aviv prometeram retaliar, o que aumentou os temores de uma guerra ampla no Oriente Médio.
Foi o segundo ataque direto do Irã contra Israel em toda a história. Segundo autoridades, as forças iranianas empregaram na ofensiva de 180 a 200 mísseis -a grande maioria foi abatida, segundo Tel Aviv.
A tecnologia de defesa israelense envolve o uso de três sistemas de mísseis. O mais citado deles é o Iron Dome (domo de ferro), em operação desde 2011. Todos usam artefatos capazes de rastrear outros projéteis e abatê-los no ar, antes que atinjam seus alvos.
Israel tem ao menos dez baterias de mísseis do tipo, segundo dados do Global Affair Strategic Studies, da Universidade de Navarra. Elas ficam posicionadas perto de cidades israelenses e de outras áreas estratégicas, e cada uma tem a capacidade de proteger uma área em torno de 150 km².
Os equipamentos usam três tipos de projétil, capazes de atacar alvos a curta, média e longa distâncias.
Nos últimos anos, avanços em inteligência artificial aumentaram a capacidade do sistema para rastrear e calcular as trajetórias dos mísseis inimigos, ampliando a precisão das interceptações. Para cortar gastos, se o sistema avaliar que o míssil se dirige a uma área inabitada, ele não é abatido.
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