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Uma política inusitada vem chamando atenção no mundo corporativo. A Dongpo Paper Company, localizada em Dongguan, na província chinesa de Guangdong, decidiu substituir o tradicional prêmio de fim de ano por um programa de recompensas baseado em atividade física. Agora, funcionários que atingirem 50 quilômetros de corrida por mês recebem o bônus integral, o equivalente a dobrar o salário mensal. A medição é feita por aplicativos esportivos, como o chinês Gudong, que registram a quilometragem percorrida. “A empresa só poderá durar enquanto os funcionários estiverem saudáveis”, explica o dono, Lin Zhiyong, defensor da filosofia de “vida saudável, trabalho feliz”.

O sistema de incentivo é escalonado: quem percorre 30 km ganha 30% do bônus, 40 km garantem 60%, e aqueles que ultrapassam 100 km recebem até 130%. Além disso, quem mantiver 50 km mensais durante seis meses ganha um par de tênis esportivos. A regra também contempla modalidades como caminhada e alpinismo, com peso reduzido na contagem, um terço e um sexto da distância da corrida, respectivamente. “Eles não apenas se exercitam, mas também são pagos por isso. Isso mata dois coelhos com uma cajadada só”, brinca Zhiyong, que já escalou os dois lados do Monte Everest.

Incentivo à atividade física e recompensas financeiras

Os resultados práticos da iniciativa já começam a aparecer. O funcionário com melhor desempenho até outubro percorreu 89,16 quilômetros. Zhou Jian, gerente de negócios da companhia, revelou que começou a correr por recomendação do chefe e colheu benefícios além do bônus financeiro. “Eu tinha níveis elevados de açúcar no sangue. Comecei a correr e consegui controlar minha saúde com o exercício”, conta. A política, que une produtividade e qualidade de vida, mostra que, para algumas empresas, investir no bem-estar físico dos colaboradores pode ser tão importante quanto premiar resultados de escritório.