LUANA TAKAHASHI
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Embaixada Brasileira no Irã orientou os brasileiros a estocarem comida, água e bateria após ataque na noite desta quinta-feira (18) no país.
Orientação faz parte do procedimento em conflitos. ”É uma recomendação de praxe. Ninguém sabe o que pode acontecer, o que não quer dizer que estamos pessimistas”, explicou o embaixador Eduardo Gradilone à reportagem.
O diplomata disse que tem mantido contato com cerca de 150 brasileiros no Irã. A comunicação está sendo feita pelo grupo da Embaixada com os nacionais pelo WhatsApp.
Ele entende que os riscos para os brasileiros são menores. ”Para o Brasil, que tem bom relacionamento com o Irã, os riscos para os brasileiros são menores do que no caso de muitos países europeus. Pelo menos no que se refere a apoios do governo local para o que tivermos que fazer se houver escalada da crise.”
Nenhum brasileiro comunicou ter sido afetado com os mísseis lançados. Gradilone esclareceu que, até o momento, ninguém manifestou pedido de ajuda, mas que embaixada está pronta para atendê-los.
ATAQUE AO IRÃ
Mísseis lançados contra instalações nucleares do Irã foram interceptados após seis dias de ataque em Israel. Explosões foram ouvidas perto do Aeroporto Central da cidade de Isfahan, a 450 quilômetros da capital Teerã. A oitava base de caça da Força Aérea do Exército também está próxima ao local. .
O ataque foi atribuído pelas fontes de inteligência dos Estados Unidos a Israel. Ataque teve como alvo base aérea militar. Ao menos três autoridades do Irã confirmaram que uma base aérea militar próxima de Isfahan, no centro do país, foi atingida no ataque, segundo o The New York Times. Não há até o momento relato de feridos.
Um oficial israelense disse ao jornal Washington Post que o ataque aéreo à instalação militar iraniana pretendia enviar a mensagem de que Jerusalém pode atacar de dentro do país.