Doações para voluntário de resgate de Juliana chegam a quase R$ 500 mil

A solidariedade dos brasileiros ultrapassou fronteiras. A vaquinha criada para ajudar Agam, o alpinista voluntário que participou do resgate do corpo da publicitária Juliana Marins, já se aproxima da marca de R$ 500 mil em doações. A campanha foi lançada na plataforma Voaa, do projeto Razões Para Acreditar, e rapidamente superou todas as metas iniciais.

Agam, que se voluntariou para a missão de remoção do corpo de Juliana em uma área de penhasco no Monte Rinjani, na Indonésia, recebeu o reconhecimento do público brasileiro após compartilhar os bastidores da operação nas redes sociais. Com a comoção, a campanha superou a meta inicial de R$ 100 mil em poucas horas, chegou a R$ 350 mil e, até esta sexta-feira (27), já arrecadou mais de R$ 460 mil, valor que equivale a cerca de 1,47 bilhão de rúpias indonésias.

Doações que transformam

Segundo os organizadores, Agam pretende dividir o valor com os colegas de equipe e também investir em ações de reflorestamento em montanhas da Indonésia. De origem humilde, ele decidiu participar da missão por conta própria e chegou a arcar com os próprios custos para se deslocar até a região onde Juliana sofreu o acidente.

“Ele não pensou duas vezes ao se voluntariar. Comprou a passagem com o próprio dinheiro e ajudou a montar o acampamento para pernoite, a poucos metros de onde estava o corpo”, informam os idealizadores da campanha.

Durante a operação, Agam também realizou transmissões ao vivo nas redes sociais, mostrando a descida da montanha e as dificuldades enfrentadas. Muitos brasileiros passaram a chamá-lo de “herói” nos comentários das postagens.

Entenda o caso

Juliana Marins, de 36 anos, fazia um mochilão pela Ásia desde fevereiro. Na sexta-feira (20), durante uma trilha no Monte Rinjani, ela caiu de um penhasco. Após quatro dias de buscas, o corpo da brasileira foi localizado e, na terça-feira (24), retirado do local por uma equipe de voluntários, incluindo Agam.

O terreno extremamente íngreme, a baixa visibilidade e o clima instável dificultaram o resgate. A operação exigiu a montagem de um acampamento vertical em uma encosta da montanha, onde os voluntários passaram a noite a apenas três metros do corpo.

Mobilização continua

Diante da comoção e da gratidão demonstrada por milhares de brasileiros, os organizadores da campanha seguem recebendo doações. A meta agora é ampliar o impacto positivo que essa mobilização está causando na vida de Agam e de outros voluntários da região.

“É a prova de que a empatia pode cruzar oceanos. Quando nos unimos por uma causa justa, podemos transformar a dor em algo maior: solidariedade”, diz um dos administradores da vaquinha.

A arrecadação segue ativa e pode ser acompanhada no site da plataforma Voaa.