CAOS

Cuba entra no 4º dia de apagão nacional

Cuba enfrenta o quarto dia seguido de apagão após o colapso do sistema elétrico nacional, que deixou quase a ilha toda no escuro.

A rede elétrica nacional de Cuba caiu pela primeira vez por volta do meio-dia de sexta-feira (18), depois que a maior termelétirca da ilha foi desligada, causando caos e deixando cerca de 10 milhões de pessoas no escuro. A rede falhou mais três vezes desde então, evidenciando o estado precário da infraestrutura do país.
A rede elétrica nacional de Cuba caiu pela primeira vez por volta do meio-dia de sexta-feira (18), depois que a maior termelétirca da ilha foi desligada, causando caos e deixando cerca de 10 milhões de pessoas no escuro. A rede falhou mais três vezes desde então, evidenciando o estado precário da infraestrutura do país.

Cuba enfrenta o quarto dia seguido de apagão após o colapso do sistema elétrico nacional, que deixou quase a ilha toda no escuro. A empresa de energia de Havana informou nesta segunda-feira (21) que metade da população da capital já teve o serviço restabelecido.

“Neste momento existem 172 circuitos em serviço, o que representa 317 megawatts, cerca de 50% dos clientes já estão com serviço”, disse a elétrica de Havana, num relatório publicado pelo portal de notícias estatal Cubadebate.

Neste domingo (20), o líder Miguel Díaz-Canel anunciou medidas contra desordem pública após a quarta falha elétrica em, até então, 48 horas. Enquanto isso, nesse mesmo dia, o furacão Oscar atingiu Cuba às 17h50 (18h50 em Brasília), na província de Guantánamo, como categoria 1, mas foi rebaixado para tempestade tropical, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos. Não há registro de mortos ou feridos nem danos significativos à infraestrutura.

Quem tentar “provocar perturbações da ordem pública” e participar de atos de vandalismo, afirmou Díaz-Canel no domingo durante reunião de emergência, “será processado como corresponde ao rigor contemplado nas leis revolucionárias”. Segundo ele, alguns “atuam sob as orientações envidadas pelos operadores da contrarrevolução cubana do exterior”, sem explicar quem seriam esses agentes.

Enquanto isso, ainda no domingo, houve panelaços em Havana por causa dos apagões. Dezenas de pessoas, incluindo mulheres com crianças nos braços, protestaram no bairro populoso de Santos Suárez. “Acendam a luz”, gritaram. Outro grupo fechou uma rua no centro da capital com barricadas de lixo. Os apagões foram um dos gatilhos para as grandes manifestações de 11 de julho de 2021.

A rede elétrica nacional de Cuba caiu pela primeira vez por volta do meio-dia de sexta-feira (18), depois que a maior termelétirca da ilha foi desligada, causando caos e deixando cerca de 10 milhões de pessoas no escuro. A rede falhou mais três vezes desde então, evidenciando o estado precário da infraestrutura do país.

Nova falha deixa 200 mil sem energia

O ministro de Energia e Minas, Vicente de la O Levy, afirmou que as autoridades esperam restaurar o fornecimento de modo integral na noite de segunda-feira (21) para a maioria da ilha. Porém, pouco depois do anúncio, uma nova falha deixou mais de 200 mil pessoas em Havana sem energia elétrica.
As autoridades suspenderam as aulas e as atividades essenciais de trabalho até quarta-feira (23). Apenas hospitais e serviços vitais para a população continuarão funcionando.

“Minha geladeira está descongelada há três dias e tenho medo de que estrague tudo”, disse Adismary Cuza, 56. “Dois dias sem eletricidade, o que vai acontecer? Os cubanos estão cansados de tanta coisa”, afirmou Serguei Castillo, 68.

Na quinta-feira (17), Díaz-Canel disse que a crise se deve à dificuldade de aquisição do combustível necessário para operar as termelétricas, principal fonte de energia do país. Ele atribuiu a escassez ao embargo que Washington aplica à ilha desde 1962.