
Após o falecimento do Papa Francisco, as atenções se voltam ao conclave que, nos próximos dias, elegerá o novo líder da Igreja Católica. Enquanto os cardeais se preparam para uma das decisões mais importantes da história recente do Vaticano, o mercado de apostas já aponta os nomes mais cotados para assumir o trono de Pedro.
Segundo o site “OddsChecker”, o cardeal filipino Luis Antonio Tagle é o favorito, com odds de 3/1. Alinhado à visão inclusiva e pastoral de Francisco, Tagle, de 67 anos, desponta como o preferido entre apostadores e analistas. Em seguida aparece o italiano Pietro Parolin, com odds de 4/1. Atual Secretário de Estado do Vaticano, Parolin é conhecido por sua sólida atuação diplomática e influência na Cúria Romana.
Outros nomes que figuram entre os favoritos incluem o cardeal ganês Peter Turkson (5/1), conhecido por sua defesa da justiça social e causas ambientais, e o húngaro Péter Erdö (6/1), arcebispo de Esztergom-Budapeste e representante da ala mais conservadora da Igreja.
Um dos nomes que também atraiu atenção é o do canadense Marc Ouellet, com odds de 14/1, o que o classifica como azarão. No entanto, Ouellet completou 80 anos e, portanto, não tem direito a voto no conclave, conforme determina a regra da Igreja para a escolha do novo papa. Apenas cardeais com menos de 80 anos podem participar da votação.
O conclave deve ser convocado em até 20 dias após a morte do pontífice. Ao todo, 135 cardeais eleitores de 71 países estão aptos a votar — entre eles, sete dos oito cardeais brasileiros. São eles:
- Sérgio da Rocha, primaz do Brasil e arcebispo de Salvador (65 anos)
- Jaime Spengler, presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre (64)
- Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo (75)
- Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro (74)
- Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília (57)
- João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília (77)
- Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus (74)
A expectativa em torno da eleição papal também movimenta o universo das apostas. Na escolha de 2013, casas como Paddy Power, Ladbrokes e William Hill chegaram a oferecer odds não só sobre os candidatos, mas também sobre o nome papal que seria escolhido e a duração do conclave. Claire Davies, então porta-voz da Paddy Power, comentou à CNN que aquela havia sido a maior aposta em um evento não esportivo daquele ano — e tudo indica que 2025 deve repetir o feito.