RESGATADA POR VOLUNTÁRIOS

Corpo de Juliana Marins é resgatado de trilha em vulcão na Indonésia

A operação de resgate durou mais de sete horas e foi iniciada por volta de 12h20 no horário local (1h40 da madrugada, no horário de Brasília).

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A jovem Juliana Marins - Divulgação/Redes sociais
A jovem Juliana Marins - Divulgação/Redes sociais

O corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi resgatado nesta quarta-feira (25) por equipes da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas). Ela foi encontrada morta na terça-feira (24), após cair de uma trilha no Monte Rinjani, o segundo maior vulcão do país. O acidente ocorreu no último sábado (21), durante uma caminhada rumo ao cume da montanha.

A operação de resgate durou mais de sete horas e foi iniciada por volta de 12h20 no horário local (1h40 da madrugada, no horário de Brasília). Três equipes participaram da ação, incluindo dois grupos do esquadrão especial Rinjani. Sete pessoas acompanharam a retirada do corpo em pontos estratégicos da montanha — três a cerca de 400 metros e outras quatro a 600 metros de profundidade.

Parte do resgate foi registrada por um montanhista voluntário que auxiliou a operação e compartilhou nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver as dificuldades enfrentadas pela equipe, como terreno acidentado, neblina densa e mudanças bruscas de temperatura.

“Meus sentimentos pela morte da montanhista brasileira. Não pude fazer muito, só consegui ajudar desta forma. Que suas boas ações sejam aceitas. Amém!”, escreveu o guia nas redes sociais.

Segundo autoridades locais, o corpo foi levado em uma maca até o posto de Sembalun e, de lá, será transportado por helicóptero até o Hospital Bayangkara. O chefe da Basarnas, Marechal do Ar TNI Muhammad Syafi’i, informou que, após a entrega oficial ao hospital, os trâmites de repatriação ficarão a cargo das autoridades competentes e da família.

Corpo da brasileira Juliana Marins sendo carregado por voluntários — Foto: Reprodução

Juliana era natural do Rio de Janeiro e morava em Niterói, na Região Metropolitana. Publicitária formada pela UFRJ, também trabalhava como dançarina de pole dance. Ela estava viajando sozinha pela Ásia em um mochilão, quando sofreu o acidente durante a trilha no vulcão, localizado na ilha de Lombok.

As buscas duraram quatro dias e enfrentaram diversos desafios, como clima instável, visibilidade limitada, falhas nos equipamentos e dificuldades de acesso ao local. Familiares da jovem relataram que receberam informações desencontradas ao longo da operação.

O Monte Rinjani é uma das principais atrações turísticas da Indonésia e costuma receber trilheiros e alpinistas de várias partes do mundo. Após o acidente, o parque suspendeu temporariamente o acesso à trilha para facilitar o trabalho das equipes de resgate.