TRUMP

China indica que aceita negociar novo acordo comercial com Trump

Entenda a busca por um comércio equilibrado entre China e Estados Unidos. Descubra as declarações recentes dos líderes para um acordo justo.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou, no final da tarde desta quarta, 30, um decreto que impõe uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros Foto: Divulgação
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Divulgação

Questionada nesta sexta-feira (24) sobre o desejo declarado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de alcançar um novo acordo comercial com a China, a porta-voz do ministério do exterior, Mao Ning, respondeu positivamente. “Apesar das diferenças, os dois países têm enormes interesses comuns e espaço para cooperação”, disse ela.

Sobre a cobrança por Trump de um acordo mais “justo”, que reduza o déficit comercial americano que ele chama de “ridículo”, a porta-voz afirmou que “a China nunca buscou deliberadamente um superávit comercial com os EUA”.

Na última terça-feira (21), o vice-primeiro-ministro Ding Xuexiang já havia declarado no Fórum Econômico Mundial, em Davos: “Nós não queremos superávit comercial. Nós queremos importar mais para promover um comércio equilibrado”.

Sobre a nova ameaça de Trump de elevar tarifas, que ele descreveu como “um poder muito grande sobre a China” que os EUA podem usar, Mao Ning comentou que “guerras comerciais e tarifárias não têm vencedores e não são do interesse de ninguém”.

Também questionado sobre as menções a tarifas pelo presidente americano, o Ministério do Comércio da China acrescentou que “a China está disposta a trabalhar com os EUA para promover o desenvolvimento estável, saudável e sustentável das relações comerciais”.

Para além das reações de autoridades, o conhecido jornalista e influenciador de mídia social chinesa Hu Xijin comentou em vídeo no Weibo, com ironia, que “o tom de Trump mudou drasticamente” e ele deu “o ultimato mais suave da história”.

Já um especialista em relações internacionais da Universidade Renmin, Jin Canrong, aconselhou, também em vídeo no Weibo: “Nós não devemos baixar a guarda. Trump ainda considera a China como um rival estratégico”. Ele ecoa a cautela de outros acadêmicos chineses, que vêm alertando Pequim para não se deixar iludir pelo presidente dos EUA.

A possibilidade de um novo acordo comercial sino-americano causa apreensão no agro brasileiro. Há dois meses, em visita a Pequim, a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina, hoje senadora por Mato Grosso do Sul, alertou ser necessário “acompanhar muito de perto” as conversas entre Trump e a China.

O presidente americano “gosta de negociar e pode impor produtos agrícolas para a China”, como fez no primeiro mandato com o acordo para a compra de mais soja americana. “Os EUA competem na área agrícola conosco de igual para igual”, afirmou ela, em novembro.

Débora Costa

Coordenadora do site Diário do Pará

Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela UNAMA (Universidade da Amazônia). Especialista em Comunicação Corporativa e Marketing Empresarial com ênfase em mídias e redes sociais. Coordena o site Diário do Pará, parte do Grupo RBA, desde 2010. Ao longo da carreira, atuou na cobertura de diversas editorias, além de ter experiência no veículo de TV e na Coordenação do Núcleo de Mídias Digitais. 📍 Nascida em Belém-PA 📌 Redes Sociais: 📷 Instagram: @debboracosta 🐦 X: @debboracosta 💼 LinkedIn

Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela UNAMA (Universidade da Amazônia). Especialista em Comunicação Corporativa e Marketing Empresarial com ênfase em mídias e redes sociais. Coordena o site Diário do Pará, parte do Grupo RBA, desde 2010. Ao longo da carreira, atuou na cobertura de diversas editorias, além de ter experiência no veículo de TV e na Coordenação do Núcleo de Mídias Digitais. 📍 Nascida em Belém-PA 📌 Redes Sociais: 📷 Instagram: @debboracosta 🐦 X: @debboracosta 💼 LinkedIn