A rede de fast-food Burger King anunciou sua saída da Argentina após mais de três décadas de atuação no país. A decisão, divulgada nesta semana, faz parte de uma estratégia de desinvestimento regional do grupo mexicano Alsea, responsável pela marca no território argentino.
A empresa, que inaugurou sua primeira unidade no bairro de Belgrano, em 1989, conta atualmente com 116 restaurantes no país, incluindo duas lojas na província de Mendoza. Apesar de ocupar a terceira colocação no mercado argentino de fast-food, atrás do McDonald’s e do Mostaza, a rede será colocada à venda, segundo apuração do jornal La Nación.
Alsea manterá operação da Starbucks
A saída do Burger King não significa uma retirada total da Alsea da Argentina. O grupo continuará operando as lojas da Starbucks, marca que já soma 133 unidades no país e segue em crescimento. A companhia reafirmou seu compromisso com a operação da cafeteria norte-americana e deve concentrar investimentos no fortalecimento da marca.
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A medida integra um plano mais amplo de redirecionamento estratégico, que também afeta mercados como Chile e México, onde a Alsea administra outras 261 unidades do Burger King. Em dezembro de 2024, a empresa adotou uma estratégia semelhante na Espanha, vendendo 54 lojas da rede ao fundo de investimentos britânico Cinven, a fim de priorizar Starbucks e Domino’s.
Sem prazos definidos
Procurada pelo jornal argentino Clarín, a Alsea afirmou que “não comenta rumores ou especulações de mercado” e que quaisquer informações oficiais serão divulgadas apenas por canais institucionais. Não há detalhes sobre prazos nem sobre os possíveis compradores das operações do Burger King na Argentina.
Até 2018, o Burger King ocupava o segundo lugar entre as redes de fast-food mais populares do país, ficando atrás apenas do McDonald’s. No entanto, a ascensão da rede argentina Mostaza empurrou o Burger King para a terceira posição, realidade que se mantém até hoje. A dificuldade de competir com o crescimento acelerado de redes locais contrasta com o desempenho sólido da Starbucks, que vem consolidando sua presença no mercado argentino.
