A franqueada Consolidated Burger Holdings (CBH), responsável por 57 lanchonetes do Burger King nos estados da Flórida e da Geórgia, entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos após acumular dívidas de aproximadamente US$ 37 milhões — o equivalente a R$ 199 milhões. O caso reacende o alerta sobre a crise enfrentada por parte das franqueadas da marca americana de fast-food.
Pedido de recuperação e continuidade das operações
A CBH recorreu ao Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos, mecanismo que permite reorganizar dívidas e manter as atividades enquanto renegocia contratos com credores. Um dos principais credores é a própria Burger King Corporation, que deve receber cerca de US$ 2,4 milhões (R$ 12,9 milhões).
Embora as 57 unidades continuem em funcionamento, há risco de fechamento caso a franqueada não obtenha financiamento emergencial.
Funcionários também podem ser afetados com demissões e cortes de custos. A matriz da Burger King, no entanto, não está em falência, e o episódio não impacta as operações no Brasil.
Crise e Recuperação Judicial
Crise pós-pandemia e impacto no setor
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O diretor de reestruturação da CBH, Joseph J. Luzinski, apontou que a crise é consequência direta da pandemia. “O aumento nos custos de transporte e alimentos, a escassez de mão de obra e a inflação geral tornaram insustentável a operação de várias lojas”, declarou em petição judicial.
Além da CBH, outras três franqueadas — Meridian Restaurants Unlimited, Toms Kings e Premier Kings — também recorreram à recuperação judicial em 2023, somando mais de 378 unidades afetadas em diferentes regiões dos Estados Unidos.
Reestruturação do Modelo de Franquias
Marca repensa modelo de franquias
Em nota ao jornal New York Post, um porta-voz da Burger King Corporation afirmou que a rede vem reestruturando seu modelo de negócios e transferindo unidades para grandes operadores.
“O sistema Burger King está mais forte hoje porque prioriza franqueados comprometidos com investimentos de longo prazo. Estamos substituindo os operadores que não estão mais investindo por parceiros de alto desempenho”, declarou.
Editado por Clayton Matos
