
Portugal notificará 33.983 imigrantes para que deixem o país voluntariamente no prazo de 20 dias. Entre eles, estão 5.368 brasileiros — o segundo maior grupo afetado pela medida, atrás apenas dos indianos.
A decisão foi anunciada pelo governo português na segunda-feira (2). No dia seguinte, durante uma conferência sobre imigração em Lisboa, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, afirmou que a chegada massiva de imigrantes representa um “desafio para décadas”, e comparou o atual cenário à maior transformação demográfica do país desde o início do século XX.
Segundo Amaro, o número de imigrantes em Portugal quadruplicou nos últimos 10 anos, pressionando os sistemas de saúde, educação e segurança social.
A notificação de expulsão é feita pela AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo), que diariamente comunica cerca de 2 mil imigrantes cujos pedidos de residência foram negados. Essa medida faz parte do Plano de Ação para as Migrações, em vigor há quase um ano.
Portugal tem sido alvo de críticas na União Europeia por ser uma das rotas de entrada mais acessíveis ao bloco, especialmente para cidadãos de países da Ásia, África e América Latina.
Distribuição dos imigrantes a serem expulsos:
- Indianos: 13.466
- Brasileiros: 5.368
- Bangladesh: 3.750
- Nepalenses: 3.279
- Paquistaneses: 3.005
- Argelinos: 1.054
- Marroquinos: 603
- Colombianos: 236
- Venezuelanos: 234
- Argentinos: 180
- Outras nacionalidades: 2.790
A taxa de rejeição dos pedidos de residência atualmente é de 18,5%, com 33.983 recusas entre 184.059 solicitações avaliadas.