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Mulheres 50+: talento que pode revolucionar o varejo

A inteligência relacional e a maturidade emocional dessas mulheres são ativos valiosos, especialmente em tempos de automação.

Mulheres 50+: talento que pode revolucionar o varejo

Apesar das discussões sobre diversidade e inclusão ganharem força no Brasil, o varejo ainda resiste à contratação de mulheres com mais de 50 anos. O preconceito etário, somado ao machismo estrutural, impede que essas profissionais tenham espaço para mostrar seu valor.

Diretora da Prime Talent e especialista em carreira, Bárbara Nogueira afirma que o problema não está na idade, mas na cultura corporativa.  

“Muitas empresas ainda associam maturidade à baixa energia ou dificuldade com tecnologia, o que é um erro. A falta de oportunidade, e não de preparo, é o verdadeiro obstáculo”, pontua Bárbara.

Estereótipos ultrapassados e o impacto no atendimento

Estereótipos

No varejo, é comum que se valorize uma “imagem jovem” como sinônimo de conexão com o consumidor. No entanto, essa visão ignora o poder da experiência e da empatia – atributos frequentemente presentes em mulheres 50+.

“Essas profissionais têm escuta ativa, entendem nuances da comunicação e personalizam o atendimento com assertividade. Isso fideliza o cliente de forma genuína”, destaca a especialista.

Casos reais mostram que vendedoras maduras se tornam referência em vendas e até mentoras de colegas mais jovens. A diversidade etária, segundo Bárbara, é um diferencial competitivo.

Equipes multigeracionais: inovação e equilíbrio

Equipes multigeracionais: inovação e equilíbrio

A presença de profissionais mais velhas contribui para ambientes de trabalho mais equilibrados e inovadores. A inteligência relacional e a maturidade emocional dessas mulheres são ativos valiosos, especialmente em tempos de automação.

“O toque humano é o que diferencia a loja física da experiência digital. E mulheres 50+ sabem como criar vínculos reais com os clientes”, afirma.

ESG e longevidade: sinais de mudança

Com a ascensão das pautas de ESG e longevidade, algumas empresas começam a rever seus processos seletivos. Programas específicos para profissionais 50+, metas de diversidade etária e treinamentos para eliminar vieses inconscientes já estão em curso.

“Mas é preciso ir além do discurso. A valorização da experiência tem que ser uma decisão estratégica, incorporada à cultura da empresa”, alerta Bárbara.

Quem é Bárbara Nogueira

Quem é Bárbara Nogueira

Bárbara é Diretora, Career Advisor & Headhunter da Prime Talent, presente em 27 países pelo Agilium Group. Já avaliou mais de 15 mil executivos de alta gestão, é pós-graduada em Negócios, Conselheira de Administração pela Fundação Dom Cabral e ChildFund Brasil, e possui certificações internacionais em coaching, microexpressões e PNL.