
Morreu neste domingo (16) uma das vítimas do incêndio na fábrica de fantasias e uniformes militares Maximus Confecções, em Ramos, zona norte do Rio de Janeiro. Rodrigo de Oliveira, que não teve idade divulgada, estava hospitalizado desde a quarta-feira (12), dia do acidente.
Rodrigo estava internado no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, para onde outras sete vítimas do incêndio também foram levadas.
O governo do estado afirmou que uma mulher foi transferida da unidade. Dos outros seis pacientes que seguem internados no Getúlio Vargas, cinco deles continuam em estado grave –três mulheres e dois homens.
Uma mulher apresentou melhora e tem quadro de saúde estável.
Ao todo, 21 pessoas ficaram feridas pelo incêndio. Todos os internados inalaram fumaça tóxica e sofreram queimaduras nas vias aéreas.
A fábrica Maximus Confecções era responsável por confeccionar todas as fantasias do Império Serrano e de outras escolas de samba da Série Ouro, o grupo de acesso. Responsável pela empresa, Hélio Oliveira disse à reportagem que presta assistência aos funcionários.
O incêndio começou logo após a entrada do turno dos funcionários da manhã. Também estavam no prédio ao menos 50 pessoas que haviam dormido no local em razão do trabalho em turnos, 24 horas por dia.
O espaço, com cerca de 500 metros quadrados e três andares, não tinha alvará de funcionamento do Corpo de Bombeiros, de acordo com a corporação. Segundo o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), porém, a fábrica possuía o alvará municipal.
A Polícia Civil já identificou que havia uma ligação clandestina de energia no local. A polícia também disse que determinou a interdição “em virtude da apuração de possível fato criminoso, bem como do preenchimento de requisitos de funcionamento e preservação do local”.
O caso é investigado pela 21ª Delegacia de Polícia (Bonsucesso).
O Ministério Público do Trabalho também abriu investigação para apurar as condições de trabalho dos funcionários.
As três escolas de samba que mais sofreram com perdas de fantasias –Império Serrano, Unidos da Ponte e Unidos de Bangu– não serão rebaixadas. A decisão foi tomada ainda na quarta pela Liga RJ, organizadora do grupo de acesso.