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Marrony, o reforço que já estava em casa

Marrony chegou com o campeonato em andamento, teve problemas físicos, perdeu espaço no ataque até para Matheus Davó, mas aos poucos vem mostrando utilidade, mesmo quando entra no decorrer das partidas.

Marrony chegou com o campeonato em andamento, teve problemas físicos, perdeu espaço no ataque até para Matheus Davó, mas aos poucos vem mostrando utilidade, mesmo quando entra no decorrer das partidas.
Marrony chegou com o campeonato em andamento, teve problemas físicos, perdeu espaço no ataque até para Matheus Davó, mas aos poucos vem mostrando utilidade, mesmo quando entra no decorrer das partidas. Foto: Samara Miranda/ascom Remo

Marrony chegou com o campeonato em andamento, teve problemas físicos, perdeu espaço no ataque até para Matheus Davó, mas aos poucos vem mostrando utilidade, mesmo quando entra no decorrer das partidas. Foi o que aconteceu na partida diante do Amazonas, em Manaus. Substituiu o artilheiro Pedro Rocha no 2º tempo e teve um ótimo aproveitamento, iniciando e concluindo a jogada do terceiro gol azulino.

Com 26 anos e experiência no futebol internacional, chegou ao Evandro Almeida como opção para os lados do campo e até para atuar centralizado. A boa envergadura possibilita que atue até como centroavante, mas as características são de condução de bola em velocidade e facilidade para o drible. Pode ser candidato a formar dupla com Pedro Rocha.

No atual momento vivido pelo Remo na Série B, o equilíbrio ofensivo é uma das preocupações do técnico Antônio Oliveira. As chances de acesso dependem em boa medida da funcionalidade dos homens de frente. Eduardo Melo, Diego Hernández e João Pedro chegaram na última janela, mas ainda não decolaram, apesar de chances já concedidas.

Por ora, fica óbvio que Oliveira por enquanto não pode contar com os novatos. A comparação entre as opções existentes e as peças que deixaram o clube não vem favorecendo os reforços recentes.

A saída de Matheus Davó veio logo em seguida às negociações que tiraram Adailton e Maxwell do Baenão. O trio não era espetacular, mas rendia mais que Eduardo, João Pedro e Hernández. O caminho, portanto, está aberto para quem mostrar capacidade de definição.

Dentre os que permanecem, Marrony merece mais atenção e aproveitamento. Nos confrontos fora de casa, que constituem o ponto alto da era Antônio Oliveira, pode ser utilizado como condutor a partir do meio-de-campo, contribuindo para tornar o ataque mais eficiente.

Alto, tem condições de aparecer para duelos na área ou com aproximação pelos lados. Pedro Rocha, que já teve Janderson como parceiro de ataque, pode passar a dispor dos passes em velocidade e da movimentação de Marrony abrindo as linhas de marcação. É uma questão de entrosamento e repetição.

O fato é que, nas circunstâncias, o ex-vascaíno não pode ficar de fora de qualquer esquematização que Oliveira tenha para a linha ofensiva azulina.

Dúvidas no Papão caso Diogo não possa jogar

Os problemas físicos enfrentados pelo centroavante Diogo Oliveira, ainda em decorrência do jogo com o Volta Redonda, deixaram a torcida bicolor preocupada. A angústia é justificada. Diogo é o artilheiro do PSC na Série B, com excelente aproveitamento desde que chegou na penúltima janela de transferências. Forma dupla interessante com Maurício Garcez e, pelo menos por enquanto, não tem substituto à altura.

A perda de gols no jogo com o Volta Redonda, principalmente o lance final quando avançou com a bola dominada e chutou em cima do goleiro, ainda suscita críticas ao jogador. Foi a chamada bola do jogo. Além do erro de finalização, Diogo tomou a decisão errada, pois Garcez estava bem posicionado correndo pela esquerda e poderia ter recebido o passe.

São situações de uma partida disputada em alta voltagem, que teve consequências graves, incluindo a demissão do técnico Claudinei Oliveira, mas a irritação do torcedor não se sobrepõe ao reconhecimento pelos bons serviços prestados pelo artilheiro até o momento.

Com a chegada de Márcio Fernandes, a previsão é de que jogadores recém-contratados, como os atacantes Denilson e João Marcos, ganhem oportunidade para mostrar serviço. Apesar disso, Diogo é titular absoluto. Só não joga contra o América-MG, no sábado, se estiver lesionado.

Em comunicado postado nas redes sociais, o atacante teve o cuidado de se posicionar perante os torcedores, desculpando-se pelas falhas no jogo com o Volta Redonda. Aproveitou para lembrar que não é do tipo “fominha”, muito pelo contrário. Em várias ocasiões, demonstrou noção de jogo coletivo, acionando companheiros bem posicionados.

Por enquanto, resta a expectativa quanto à plena recuperação de Diogo e pelas decisões de Márcio Fernandes, saiu quando o atual elenco começava a ser montado, mas conhece menos da metade dos jogadores que o PSC tem hoje. Ocorreram cerca de 20 contratações nesse espaço de sete meses, entre a demissão e o retorno de Márcio. Por isso, é natural que o treinador precise de algum tempo para definir a escalação e o modelo de jogo.   

SAF Botafoguense desafia serenidade do torcedor

Os atuais dilemas existenciais do Botafogo, cuja gestão SAF parece viver uma indefinição societária, atormentam principalmente a vida dos torcedores. Do ano mágico de 2024, o time caiu vertiginosamente ao nível da normalidade. Ainda um bom time para os padrões brasileiros, mas sem o brilho e o poder de decisão daquele montado por Artur Jorge.

O amigo Jota Ninos, jornalista santareno, lança um olhar sereno e racional acerca dos conflitos que rondam a alma botafoguense no momento: “Futebol é paixão. O torcedor não consegue ter a mesma fria percepção de um CEO bilionário que trata o time como um negócio”.

Dito isso, não economiza gratidão a quem mudou a história do clube. “O torcedor é grato ao empresário John Textor por resgatar o Fogão do limbo e nos levar à Glória Eterna de 2024. Mas esse mesmo torcedor não consegue entender o desmonte do clube para fazer uma campanha bizarra em 2025”.

“A torcida é passional: hoje odeia um dirigente, um técnico ou um jogador, mas no minuto seguinte a um gol ou conquista esquece tudo. A essência do futebol é a paixão. A razão nem de leve nos seduz”.