Tudo fazia crer que a partida caminhava para um frustrante 0 a 0. Aí, nos acréscimos, Alvariño tocou para Felipe Vizeu, que arrancou e deu o passe perfeito para Adailton finalizar rasteiro para balançar as redes de Axel Lopes. Um gol bonito pela construção perfeita, com antevisão e execução precisa. A vitória mantém o Remo na ponta da tabela, com campanha 100% – 10 gols marcados e nenhum sofrido.
Cabe dizer que o jogo tinha até então a marca do tédio absoluto. Apenas duas jogadas chamaram atenção do torcedor. Um chute de Kukri na trave esquerda de Marcelo Rangel aos 3 minutos do 1º tempo e uma tentativa de Pavani em jogada insinuante pela esquerda, que forçou Axel a espalmar para escanteio.
Em rara incursão pela área remista, Germano cruzou em direção à área, mas Marcelo Rangel agarrou antes de Jonata se aproximar. O Remo tinha problemas para sair jogando. Jaderson, que começou no ataque, voltou para o meio, mas o time cadenciava muito o ritmo com Pedro Castro e Pavani.
A partida se desenrolava com lentidão excessiva, com baixa intensidade e tentativas confusas de parte a parte. Lucas Silva, um dos bons valores do Águia, experimentou de fora da área aos 21 minutos. Marcelo Rangel defendeu bem.
Aos 40, o Azulão teve uma boa chance, mas não aproveitou. Jonata invadiu com a bola, abriu espaço, mas tentou cruzar e a bola bateu na zaga. Na sequência, Jeffinho chutou e foi travado.
No segundo período, o Remo reforçou o ataque com Pedro Rocha, Adailton e Felipe Vizeu, além de Kadu na ala direita. O time cresceu de rendimento nas articulações do ataque, reduzindo a quantidade de passes errados. O primeiro sinal de mudança foi uma rápida investida com Sávio, que cruzou na pequena área e Pedro Rocha quase abriu o placar.
Em seguida, após cruzamento de Sávio, Axel rebateu para o meio do gol e a bola sobrou para Dodô, que mandou no travessão. Aos 20 minutos, o camisa 31 quase conseguiu marcar. Recebeu dentro da área e finalizou perto do gol.
Finalmente, aos 46’, a mais inspirada jogada do Leão no confronto. Em três toques, a bola saiu da zaga com Alvariño, passou por Vizeu, que deu um passe perfeito para Adailton finalizar e garantir a vitória. A qualidade técnica dos três jogadores fez a diferença no desfecho da jogada.
Com o resultado, o Remo mantém a campanha invicta e volta à liderança.
Neymar: a bola murchou, mas a fortuna aumentou
A anunciada volta de Neymar para defender o Santos soou fantasiosa inicialmente, mas os desdobramentos confirmam o fechamento do negócio. Excelente para o clube, que poderá faturar alto com a chegada do astro. Bom para ele, que precisa de um lugar onde o nível de cobrança não seja tão feroz e desconfortável para um astro que claramente prefere mais desfrutar a vida do que correr atrás de uma bola.
Quando vestir novamente a camisa do Peixe, após 12 anos, Neymar terá a exibir uma outra condição. A principal delas é no plano financeiro. É dono hoje do maior patrimônio entre os jogadores de futebol do Brasil. Aliás, é mais rico do que qualquer clube nacional. Em salários e patrocínios, ele tem a sétima maior receita anual do futebol brasileiro.
O levantamento é do site Torcedores.com, com base em quatro fontes de referência: a lista da prestigiada revista Forbes sobre os atletas mais bem pagos do mundo, o site especializado Sportico, que calcula a fortuna arrecadada por atletas de diferentes modalidades e corrige os valores pela inflação, os balanços financeiros dos clubes e o site de marketing esportivo Sports Value.
A boa carreira na Europa (Espanha e França), como jogador de primeira linha, se completou nas últimas temporadas com uma passagem pouco gloriosa na Arábia Saudita. Ao mesmo tempo em que perdia prestígio nos campos, Neymar virou um ícone global do esporte, ganhando muito dinheiro com isso. Só em 2024 embolsou R$ 6,5 bilhões.
Com essa fortuna, se quisesse adquirir o Santos, Neymar teria bala na agulha para fechar negócio, pois o clube tem valor estimado de R$ 973 milhões. Mais ainda: poderia empenhar o que recebeu ao longo da carreira e comprar de uma só vez pelo menos 10 clubes brasileiros – Bahia, Santos, Goiás, Sport, Fortaleza, Atlético-GO, Cuiabá, Ceará, Vitória e Juventude.
Na comparação com o valor dos clubes, Neymar supera com seus R$ 6,4 bilhões até clubes mais prósperos, como o Flamengo (valor estimado em R$ 5,1 bilhões), Palmeiras (R$ 4,1 bilhões), Corinthians (R$ 3,8 bilhões) e São Paulo (R$ 3 bilhões).
Em comparação com o próprio Santos, Neymar arrecadou R$ 230 milhões a mais. E só com salários e patrocínios, enquanto clubes de elite faturam com patrocínios, direitos de transmissão, bilheteria, programa de sócio torcedor, licenciamento, venda de jogadores e premiações dos campeonatos. Em resumo, o menino Ney já não é o mesmo craque de antes, mas virou um colosso financeiro no mundo do futebol.