CONTRATAÇÕES NO REMO

Leão reforça e faz contas

Às vésperas do confronto com o Criciúma, que pode vir a assegurar o retorno ao G4 da Série B, o Remo mostra disposição para se reforçar ainda mais neste 2º turno da competição.

Yago Ferreira. Foto: Samara Miranda Ascom Remo
Yago Ferreira. Foto: Samara Miranda Ascom Remo

Às vésperas do confronto com o Criciúma, que pode vir a assegurar o retorno ao G4 da Série B, o Remo mostra disposição para se reforçar ainda mais neste 2º turno da competição. Anunciou o meia Yago Ferreira, formado nas divisões de base do Fluminense (como Freitas e Kayky), e acertou a contratação do atacante português João Pedro.

É possível que o clube ainda anuncie um meia de criação, função até hoje não suprida. Os armadores disponíveis no Baenão, Régis e Dodô, não suprem as necessidades do time. Régis não consegue jogar por 90 minutos e Dodô não se estabeleceu como titular ou mesmo como alternativa.

As movimentações para fortalecer o elenco coincidem com um momento de dúvidas quanto às possibilidades de brigar pelo acesso. O que já foi uma esperança real da torcida é hoje uma incerteza. Os vários tropeços dentro de casa enfraqueceram o clima de otimismo reinante.

O Remo segue bem posicionado, com 35 pontos, mas o comportamento do time não passa confiança à torcida. Boa parte desse ceticismo tem a ver com o comando técnico. Antônio Oliveira é contestado pela maioria dos torcedores em função do mau desempenho da equipe, frequentemente submetida ao domínio e à pressão dos adversários.

Todas as partidas disputadas sob o comando de Oliveira mostraram um time frágil no desenvolvimento de jogo no meio-de-campo, sem criatividade e força para se impor tecnicamente a times limitados, como Botafogo-SP e Ferroviária.  

Para aumentar a desconfiança, o ataque desperdiça muitas oportunidades, denotando falhas graves de fundamentos. Até o artilheiro Pedro Rocha tem sido alvo de críticas a esse respeito. Matheus Davó, utilizado no comando do ataque, também peca pela ineficiência.

João Pedro, 28 anos, é a nova esperança de gols. Traz boa experiência internacional (jogou na Grécia, Turquia e Portugal) para se tornar opção para disputar a função de centroavante com Davó e Eduardo Melo. É mais um gesto da diretoria no sentido de fortalecer o elenco.

A conta simples para subir é outro ponto a aumentar as cismas da torcida. São necessários 63 pontos para assegurar matematicamente a passagem à Série A. Por esse cálculo, o Leão precisará somar 28 pontos nos 15 jogos restantes – nove vitórias e um empate. Vencer passa a ser obrigação dentro e fora de casa, a fim de manter de pé o projeto de acesso.

Livre do transfer ban, Papão vai ao mercado

Depois de longa expectativa pela liberação da Fifa, o PSC finalmente vai poder se reforçar nesta última semana da janela de transferências. A pressão por reforços aumentou diante dos maus resultados obtidos pelo time nas últimas seis rodadas – três derrotas e três empates.

O time perdeu o gás proporcionado pelas nove rodadas de invencibilidade sob o comando de Claudinei Oliveira e voltou a sofrer com a insegurança diante dos adversários mesmo quando joga como mandante.

Pressionada, a diretoria prevê para os próximos dias o anúncio de dois ou três nomes para se juntar ao elenco e diminuir os problemas enfrentados pelo técnico para montar o time. O primeiro da lista é o volante Carlos Eduardo (ex-ABC), já integrado ao elenco.

Outra contratação é João Marcos, atacante que defendeu a Aparecidense na Série D, marcando nove gols na temporada. Novamente em condições de registrar jogadores no Boletim Informativo Diário da CBF, o PSC busca fechar com um meia, a fim de retomar a fase vitoriosa.

As pressões e cobranças da torcida devem aumentar ao longo da semana. As vitórias do Botafogo e do Amazonas, anteontem, recolocam o time à lanterna do campeonato, aumentando os temores de rebaixamento.

Lista de Ancelotti cada vez surpreende menos

Com a reconvocação de Luiz Henrique, Paquetá e Richarlyson e a presença de novatos, como Kaio Jorge e Estêvão, a lista divulgada por Carlo Ancelotti para os jogos das Eliminatórias mostram que a Seleção tende a ficar cada vez mais com a cara dos tempos de Dorival Júnior, o que é péssima notícia para quem sonhava com um choque de gestão no escrete.

A verdade é que, na prática, Ancelotti enfrenta a dura realidade de descobrir que a safra de jogadores não é exatamente ruim, mas não tem nomes que façam a diferença. Ainda sem o entrosamento necessário, o time vai continuar a viver de espasmos individuais.

Sem Vinícius Jr., Raphinha irrompe como o principal astro do momento – o que, convenhamos, não inspira grande entusiasmo, apesar da boa fase que o atacante vive no Barcelona.