SOBE E DESCE

Leão reabre as portas da esperança

A parte inicial do jogo desta sexta-feira em Manaus mostrou uma realidade complicada para o Remo, que não construía jogadas e tinha dificuldades em reter a bola.

A parte inicial do jogo desta sexta-feira em Manaus mostrou uma realidade complicada para o Remo, que não construía jogadas e tinha dificuldades em reter a bola.
A parte inicial do jogo desta sexta-feira em Manaus mostrou uma realidade complicada para o Remo, que não construía jogadas e tinha dificuldades em reter a bola. Fotos: Raul Martins/Ascom Remo

A parte inicial do jogo desta sexta-feira em Manaus mostrou uma realidade complicada para o Remo, que não construía jogadas e tinha dificuldades em reter a bola. O Amazonas dominava as ações e só não criava maiores problemas devido às limitações individuais da equipe. Nesse cenário de dificuldades, coube então ao artilheiro Pedro Rocha o papel de comandar a importante vitória, que recoloca o Leão na briga direta por um lugar no G4.

Quando o Amazonas estava mais perto de abrir o placar, o goleador abriu o placar em cobrança perfeita, colocando a bola longe do alcance do goleiro do Amazonas. O lance mostra a evolução de Pedro Rocha, que amplia seu repertório, agora também cobrando faltas.

Ainda assim, o Amazonas se beneficiava da má escalação do Remo, que entrou com Diego Hernández na armação, função que não conseguiu desempenhar. Bem melhor que ele foi Nico Ferreira, que descolou um passe caprichado para Pedro Rocha driblar o goleiro e marcar 2 a 0 no começo do 2º tempo.

Com Régis, Pavani e Alan Rodríguez na equipe, a etapa final do Remo foi bem mais organizada e objetiva. O Amazonas seguiu com a posse de bola, mas sem maior objetividade, errando quase todas as tentativas de ataque. Chegou ao gol num cochilo dos zagueiros do Remo, que permitiram a Luan cabecear quase de peixinho e diminuir para a Onça Pintada.

A partida estava quase no fim e o fantasma de um gol do empate voltou a rondar corações e mentes do lado remista. O segundo gol do Amazonas quase aconteceu, mas Marcelo Rangel estava bem colocado para defender um arremate perigoso no canto direito.

Em meio à tentativa de pressão do Amazonas, o Remo saiu em contra-ataque e Marrony tocou a bola para Nico Ferreira. O meia-atacante devolveu com um passe perfeito, que o atacante aproveitou com categoria, encobrindo o goleiro para marcar o terceiro gol azulino.

Uma vitória importante para reabrir as esperanças de acesso, apesar da atuação instável no 1º tempo em função de uma escalação equivocada. Eduardo Melo não tem estofo para ser titular no ataque e Marrony não pode ser suplente na equipe. Da mesma forma, Hernández de meia é uma heresia. Apesar de tudo, o Leão venceu, e isso é o que importa.

Papão recua, toma virada e perde o técnico

A prática é tão antiga quanto infeliz. Abrir vantagem e recuar constitui a melhor receita para a derrota. Foi exatamente o que aconteceu com o PSC, nesta sexta-feira à noite, no Mangueirão. Depois de fazer 1 a 0 na metade do 1º tempo, o time acomodou-se no campo de defesa e deixou a bola com o Volta Redonda, não sem antes desperdiçar duas boas chances para ampliar o marcador.

Na etapa final, com mudanças no meio-campo, reforçando a marcação com a entrada de Dudu Vieira e colocando Vinni Faria para ajudar na recomposição, Claudinei Oliveira parecia disposto a manter a vantagem, sem correr maiores riscos.

Abriu mão de impor o jogo ofensivo, mesmo tendo colocado Rossi em campo. É verdade que o atacante não encontrou espaço para jogar. Errou quase todas as tentativas de participação e não ajudou na construção de jogadas para a dupla Garcez-Diogo Oliveira.

No melhor momento do Papão no 2º tempo, Diogo ganhou uma disputa aérea no meio-campo e arrancou com a bola dominada em direção à área do Volta Redonda. Ficou cara a cara com o goleiro Jefferson Paulino, mas errou na finalização, permitindo a defesa parcial.

Minutos depois, o Voltaço cercou a área e Mateus Lucas perdeu duas oportunidades seguidas. Nem esses sustos fizeram o Papão acordar no jogo. O time seguiu espanando bolas para o lado e tentando administrar uma partida que não estava mais sob seu controle.

Aos 45’, veio o castigo. Um cruzamento no segundo pau alcançou Gabriel Pinheiro, que desviou de cabeça e empatou o jogo. O pesadelo se consumou 3 minutos depois: atordoado pelo empate, o PSC afrouxou a marcação e Raí avançou e chutou rasteiro no canto esquerdo. O goleiro pulou atrasado e a bola entrou.

Sob o efeito da decepção da torcida, a diretoria decidiu demitir ainda no estádio o técnico Claudinei Oliveira. Não foi a medida mais justa. De todos os responsáveis pela horrorosa campanha do PSC, Claudinei é certamente o menos culpado.

O fato é que, a cada novo tropeço, o Papão se isola mais na lanterna e vê se consumar o pior cenário possível: a Série C é logo ali.

Bola na Torre

 Guilherme Guerreiro comanda o programa, a partir das 22h, na tela da RBATV. Presenças de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião, analisando a participação dos times paraenses na 25ª rodada da Série B. A edição é de Lourdes Cezar e Lino Machado.