TUDO OU NADA

Leão quer manter o sonho

Ninguém assume um time e vai logo jogando a toalha. O fato é que ele terá 10 jogos pela frente para realizar a façanha.

Ninguém assume um time e vai logo jogando a toalha. O fato é que ele terá 10 jogos pela frente para realizar a façanha.
Ninguém assume um time e vai logo jogando a toalha. O fato é que ele terá 10 jogos pela frente para realizar a façanha. Foto: Samara Miranda/ascom Remo

Em contraste com a dura realidade da tabela de classificação, Guto Ferreira assumiu oficialmente o comando técnico do Remo em clima de otimismo e confiança nos planos de acesso. Na prática, disse o que precisava ser dito. Ninguém assume um time e vai logo jogando a toalha. O fato é que ele terá 10 jogos pela frente para realizar a façanha.

Ao seu lado, durante a apresentação, o presidente Antônio Carlos Teixeira reforçou a convicção de que é possível chegar ao objetivo maior. Aproveitou para, sem citar nomes, reclamar de quem lança críticas ao clube com o objetivo de criar divisões internas.

Quanto ao desempenho do time nas últimas 10 rodadas, é praticamente impossível não criticar. A queda técnica foi vertiginosa. Os bons resultados obtidos fora de casa foram derrubados pelos tropeços como mandante – 20 pontos desperdiçados em Belém.

As duas últimas apresentações deixaram no torcedor a impressão de que o projeto do acesso perdeu força. Foram duas derrotas, para o Atlético-GO em Belém e para o Volta Redonda, no Rio. Mais que os resultados, assustou a performance ruim, principalmente na segunda partida.

O Remo foi facilmente dominado na maior parte do jogo por um time que está na zona de rebaixamento. Nem os desfalques de Pedro Rocha e Sávio justificam o mau comportamento e a baixa intensidade. Os erros primários de passe pareciam de um time que havia acabado de ser montado.

Para a estreia contra o CRB neste domingo (18h), no estádio Jornalista Edgar Proença, Guto Ferreira teve apenas um dia inteiro de trabalho com o elenco. Resumo da ópera: o técnico vai apostar na força da palavra para orientar o time, que terá novamente várias mudanças.

É provável que Luan Martins volte ao meio-campo, para reforçar o setor de marcação ao lado de Caio Vinícius. Na meia, Jaderson deve ser o titular. Para o ataque, o trio mais provável é Janderson ou Nico Ferreira, João Pedro (Eduardo Melo) e Diego Hernández.

Marcelinho retorna à lateral-direita e Jorge deve estrear na esquerda. Ao todo, três ou quatro mudanças para tentar fazer a equipe jogar competitivamente, recuperar a confiança e se impor ao visitante.

Em caso de vitória, o Remo pode voltar ao 7º lugar e se aproximar novamente do G4, tendo que torcer por uma combinação favorável de resultados na rodada.

Papão encara o Tigre, sensação do campeonato

O duelo promete fortes emoções na tarde deste domingo (16h). Criciúma está em êxtase com a campanha do representante da cidade no Brasileiro da Série B. Em arrancada espetacular, o Tigre pulou da vice-lanterna para a liderança do campeonato, com seis vitórias nas últimas sete rodadas e uma pegada de time que vai subir.

Sob o comando de Eduardo Baptista, que treinou o Remo em 2021, o Criciúma é um time sem estrelas, mas competitivo ao extremo, rápido nas transições e eficiente na marcação. São predicados que normalmente explicam trajetórias de destaque na Série B.

O PSC, ao contrário, vive o drama da permanência prolongada no Z4. Foram 25 rodadas na parte inferior da tabela. Além da sofrência gerada pela constante ameaça de queda, o time terá várias baixas. Perdeu Leandro Vilela, que só volta na próxima temporada.

Lesionado, o zagueiro Thiago Heleno fica mais cinco rodadas fora. O artilheiro Diogo Oliveira sentiu um problema muscular diante do Novorizontino e não viajou com a delegação. Além dele, Rossi está fora da partida por ter tomado o terceiro amarelo.  

Márcio Fernandes quebra a cabeça em busca de uma escalação que seja minimamente capaz de encarar o time que é a sensação do campeonato. Deve entrar com três zagueiros novamente – Thalyson, Quintana e Maurício –, usando quatro peças no meio-campo e três atacantes.

A esperança de gols é Maurício Garcez. Atacante fundamental na ligeira fase vitoriosa sob o comando de Claudinei Oliveira, o ponta-esquerda perdeu presença ofensiva com a ausência de criação no meio-campo. Apesar de tudo, ofensivamente o PSC depende dele.

A tarde também será de reencontro. Estarão em campo pelo Criciúma alguns jogadores que deixaram o PSC recentemente. Nicolas, que saiu em baixa da Curuzu, é um dos destaques da equipe. O volante Matheus Trindade é outro ex-bicolor reforçando o Tigre. O atacante Borasi não é titular, mas sempre entra no 2º tempo.

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro apresenta o programa, a partir das 22h, na RBATV, com participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em pauta, a participação dos times paraenses na Série B. A edição é de Lourdes Cezar e Lino Machado.