No fechamento da janela de transferências, o Remo apresentou uma novidade em relação ao perfil de contratações, caracterizadas como apostas. O meia grego Panagiotis Tachtsidis, de 34 anos, com passagem pela seleção de seu país e atuação em times da Itália e da Inglaterra, entra na longa lista de aquisições na condição de principal investimento para o esforço final em busca do acesso.
Panagiotis chama atenção pelo país de origem, de pouca tradição no futebol, e também pela estatura, incomum para meias – 1,93m. Outra curiosidade é a extensa coleção de camisas defendidas pelo grego.
Estava no CFR Cluj da Romênia, mas antes jogou no Khorfakkan, dos Emirados Árabes; Al-Fayha, da Arábia Saudita; Lecce, Cagliari, Genoa, Torino, Roma e Hellas Verona, da Itália; Nottingham Forest, da Inglaterra; AEK e Olympiacos, da Grécia. Esteve com a seleção grega na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, embora não tenha atuado em nenhum jogo.
Panagiotis pode ser útil ao momento vivido pelo Remo na Série B. Chega para ocupar uma posição órfã no time. Vários jogadores foram testados na função, mas até agora o Remo sofre com a falta de criatividade no setor. Régis e Jaderson são utilizados, mas é evidente a carência de um organizador, até porque Jaderson prefere atuar como segundo volante.
Além dele, o Leão trouxe na última leva o atacante português João Pedro, o lateral Jorge e o meia Nathan Pescador. Outro candidato à função de meia de ligação, Nathan Pescador estava no Grêmio há dois anos, mas foi pouco utilizado nesta temporada e teve o contrato rescindido.
Aos 29 anos, esteve no Atlético-PR, Chelsea – para onde foi logo no início da carreira, mas não chegou a jogar –, Vitesse; Amiens SC, da França; Belenenses, de Portugal; Monaco; e Atlético-MG, onde viveu o momento de maior estabilidade, conquistando o Brasileiro e a Copa do Brasil 2021.
O lateral-esquerdo Jorge terá que disputar espaço com Sávio e Alex Rodríguez. Aos 29 anos, jogou pelo CRB na última temporada, mas não entra em campo desde setembro de 2024. Acumula experiências no Fluminense, Palmeiras, Santos e Flamengo, onde foi formado e chegou a ser convocado três vezes para a Seleção na era Tite.
São contratações dentro do estilo Marcos Braz, que busca impor um processo de internacionalização no Remo. A questão, a essa altura, é saber se ainda há tempo para que o time se coloque em condições de encarar as rodadas decisivas da Série B, com ou sem Antônio Oliveira.
Papão busca alternativas nas Séries C e D
Centroavante de origem, Denilson é o novo reforço do PSC. Marcou quatro gols em 18 jogos pelo Botafogo-PB, que foi eliminado na primeira fase da Série C. Vinculado ao Rio Claro (SP), vem por empréstimo e já aparece com a camisa do clube no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF.
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Aos 27 anos, Denilson nasceu no Rio Grande do Norte, onde começou defendendo o América-RN, passando pelo Visão Celeste e Santa Cruz-RN. Depois, jogou pelo Campinense, Atlético-GO, Tombense e Boa Esporte.
Na atual temporada, ele fez um total de 27 jogos por Rio Claro (1ª metade do ano) e Botafogo, marcando seis gols e dando duas assistências.
Chega à Curuzu para brigar pela titularidade com Diogo Oliveira, grande destaque da equipe, com seis gols marcados. Na prática, Denilson vem compor elenco, substituindo Benitez, que foi dispensado nesta semana por baixo rendimento técnico.
Além de Denilson, o técnico Claudinei Oliveira ganhou também o atacante de lado João Marcos, destaque da Aparecidense na Série D. Regularizado desde a semana passada, ele está pronto para ser aproveitado e pode estrear diante do Volta Redonda, na sexta-feira (5).
Participou de 33 jogos e marcou 9 gols na temporada, fato que chamou atenção do PSC durante a busca por reforços na última janela de transferências. Chega à Curuzu em momento particularmente delicado, com o time ocupando a lanterna da Série B e sem vencer há sete rodadas.
Mineiro de Uberlândia-MG, o ponta-direita atuou por vários clubes do interior paulista – Olímpia, XV de Piracicaba, Votuporanguense, Comercial, Marília e Santo André. Jogou também no Atlético Itajaí-SC, Santa Cruz, ABC, Pouso Alegre e Retrô.
Em 2025, contratado pela Aparecidense, viveu a melhor fase da carreira, disputando jogos do Campeonato Goiano, da Copa do Brasil e da Série D.
Comparações ajudam, mas o Leão precisa se ajudar
Leitor diário e um dos 27 baluartes da coluna, o professor Gil Matos acompanha com lupa a evolução dos clubes paraenses na classificação da Série B. Por exemplo, na competição do ano passado, a 24ª rodada apresentava o seguinte cenário de candidatos ao acesso: Novorizontino (43 pontos), Mirassol (42), Santos (40), Vila Nova (39), Avaí (37), Ceará (36), Sport (35) e América (35). O fato alimenta as esperanças azulinas. O Ceará deve ser a principal referência, pois o Sport tinha duas partidas a menos. Mas, para repetir a arrancada de Ceará e Sport, que subiram junto com Santos e Mirassol, o Leão terá que fazer a partir de agora uma campanha de campeão, vencendo fora e dentro de casa – seu maior pesadelo neste returno.
