
A vitória do Bahia por 1 a 0 sobre o PSC foi definida em um lance contestado pelos bicolores, mas o desenvolvimento do jogo evidenciou a diferença técnica entre as equipes. A tentativa de controlar as ações na troca de passes exercida pelo Bahia contrastava com a afobação dos bicolores em busca de construir situações de ataque.
Modelos diferentes de encarar o jogo não impediram que o Papão fosse mais ágil e agressivo nos primeiros movimentos. Reverson aparecia bem adiantado, ocupando a faixa de campo normalmente usada por Rossi, que não entrou jogando. Através dele, o PSC criou duas situações de perigo antes dos 10 minutos.
Marlon, cuja função era a de armar, também se lançou à frente e disparou um chute forte que estourou na zaga. Depois, após passe de Reverson, Nicolas finalizou e a bola desviou na zaga, passando perto do poste direito.
O Bahia ameaçava com Iago pela esquerda. Ele tentou finalizar da entrada da área, mas a bola foi neutralizada por Bryan. Borasi chegou com perigo em duas arrancadas, mas a chegada foi bloqueada pela defesa baiana.
Na reta final da partida, Iago entrou na área e foi tocado por Bryan. O árbitro Bruno Arleu assinalou falta e o lance foi revisado pelo VAR, que confirmou o pênalti, sob protesto dos bicolores. Cauly bateu rasteiro, no canto direito de Matheus Nogueira, abrindo o placar no Mangueirão.
Segundo Tempo e Mudanças Táticas
Para o 2º tempo, Luizinho Lopes colocou Rossi e Matheus Vargas substituindo PK e Marlon. O que parecia ser um raio de esperança acabou em frustração quando Rossi sentiu lesão e teve que sair da partida. Edilson entrou em seu lugar, mas a esperada revitalização ofensiva não aconteceu.
Os primeiros minutos repetiram a insistência ofensiva vista no início da partida, dando trabalho ao goleiro Marcos Felipe. Infelizmente, a pressão sobre a zaga do Bahia foi diminuindo até sumir.
Como a estratégia ofensiva se restringe a cruzamentos, o Papão esgotou as possibilidades diante da boa armação defensiva do Bahia. Ao retomar o controle da partida, o Tricolor quase chegou ao segundo gol em chute calibrado de Erick, aos 20 minutos.
Ademir, Lucho Gonzalez e Luciano Juba se revezaram em chutes perigosos, dois deles bem defendidos por Matheus Nogueira. Já nos acréscimos, o volante Acevedo aproveitou rebote para fazer o gol, mas estava em impedimento, segundo a revisão do VAR.
Empate Eletrizante entre Barça e Inter
O jogo foi tão espetacular que o empate acabou naturalmente sendo um resultado justo. Não seria correto que um time vencesse, tamanho o empenho de ambos em construir um show majestoso. Lamine Yamal de um lado, Marcus Thuram do outro, desfilando jogadas de puro encantamento.
Aqui é preciso considerar que no 100º jogo com a camisa do Barcelona o moleque Yamal teve uma atuação prodigiosa contra um adversário dos mais qualificados. O empate de 3 a 3 entre Barça e Internazionale mostra a afinação das duas equipes, merecidamente nas semifinais da Liga dos Campeões.
A presença de tantos jogadores de primeira linha contribuiu bastante para um espetáculo acima da média dos espetáculos que a melhor competição do planeta costumeiramente oferece.
O Fenômeno Lamine Yamal
Ainda sobre Yamal é preciso dizer que é um prodígio de apenas 17 anos. Dribla espetacularmente como Ronaldinho Gaúcho driblava, arranca na vertical como Messi já fez e chuta com a precisão que era um atributo de Ronaldo Fenômeno.
O futebol não é ciência exata e muitas vezes nos surpreende e frustra. Mas, por sua conta e risco, um analista esportivo da Catalunha escreveu ontem que Lamine lembra alguns traços do Rei Pelé. Longe de ser uma heresia, é um comentário que dignifica o talento do garoto e tributa o maior jogador de todos os tempos.
Pena que o empate em casa contribuir para a eliminação do Barça, que é indiscutivelmente o grande time deste fim de temporada europeia. Os salamaleques a Yamal são merecidos, pois foi o dono da partida, embora em nível insuficiente para garantir a vitória.
Na Inter, de tradições sólidas no jogo defensivo e espantosamente competente nas soluções de ataque, Dumfries foi gigante. Thuram jogou uma enormidade, assinalando um dos gols mais bonitos do ano ao tocar de letra para o fundo das redes.
Sim, precisamos falar da pintura de gol marcado por Yamal. Uma jogada estilosa, ludibriando cinco atônitos marcadores. Sem alterar o ritmo da passada, na ginga, ele concluiu o lance fuzilando inapelavelmente.
Houve tempo ainda para o quase quarto gol da indômita Inter, com Mkhitaryan, que aproveitou cruzamento para colocar a bola no fundo do gol, mas o lance foi anulado pelo VAR semiautomático por microscópicos centímetros – esses tais exageros detalhistas da tecnologia.
Astro do Barça, Raphinha teve presença destacada, com assistências e o gol que definiu o empate. Pode-se dizer que foi um confronto que lembrou a magia do cinema, como bem saudou a mídia esportiva italiana.