Ainda não é possível mensurar os estragos que podem ser causados pela saída repentina de Daniel Paulista do Remo. O treinador vinha fazendo um bom trabalho ao longo de 14 jogos, montou um time sólido, que ficou invicto na Série B até a décima rodada e foi campeão paraense. E, num piscar de olhos, com alguns bons cifrões de um PIX recheado, o treinador decidiu abandonar o projeto e pular do barco azulino.
Trocou o certo pelo duvidoso? O tempo vai dizer. Caso permanecesse, teria uma boa chance de escrever seu nome na história do clube remista, principalmente se conseguisse levar o time ao acesso para a Série A — algo que hoje é um sonho possível, devido à posição da equipe na classificação da Segundona.
Mas, ao optar por estar na mesma Série A no combalido e candidíssimo ao rebaixamento Sport Recife, Daniel corre o risco de ter sua imagem chamuscada de vez no Leão da Ilha, onde é venerado pela torcida.
E aí vem a máxima: nunca volte ao lugar onde você um dia foi feliz. A chance de refazer a história e sepultar algo bom deixado ali é considerável. O tempo dirá se Daniel fez a melhor escolha ou se, no fim da estrada, estará na cova dos leões — como na Bíblia.
O Remo após a saída de Daniel Paulista
Já o Remo precisa ser cirúrgico na escolha do novo técnico, sabendo que quem vier vai encontrar um time bem montado e que precisa apenas de alguns ajustes pontuais. Em resumo: não inventar muito.
Duro será escolher um profissional dando mole no mercado. Vai ser mais fácil pegar a grana da multa paga pelo Sport para tirar o treinador de alguma equipe por aí. Ou quem sabe já aproveitar que o Marcos Braz está por aí e tentar uma proposta mirabolante para trazer o português Jorge Jesus, que está desempregado?
Brincadeiras à parte, vamos aguardar os próximos passos.
Voltamos a qualquer momento…