MILHÕES E DESCULPA

Guardiola da Gávea e Professor Abel: quando o discurso não convence

Os milionários Flamengo e Palmeiras foram eliminados com justiça nas oitavas de final da Copa do Brasil.

Os milionários Flamengo e Palmeiras foram eliminados com justiça nas oitavas de final da Copa do Brasil
Os milionários Flamengo e Palmeiras foram eliminados com justiça nas oitavas de final da Copa do Brasil. Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Os milionários Flamengo e Palmeiras foram eliminados com justiça nas oitavas de final da Copa do Brasil. Jogaram pouco no mata-mata e acabaram derrotados por Atlético-MG e Corinthians, respectivamente.

No Flamengo, a justificativa do técnico Filipe Luís é que o foco principal da temporada é o Campeonato Brasileiro. Já o Palmeiras, comandado por Abel Ferreira, parece ter sentido mais o golpe — talvez por ter sido eliminado por um rival histórico, e dentro de casa.

Com orçamentos astronômicos e capacidade para contratar sem restrições, clubes como Flamengo e Palmeiras não podem se dar ao luxo de escolher qual campeonato disputar. São elencos caros, numerosos e de qualidade — pelo menos é o que diz a grande mídia sulista, sempre pronta a fazer média com essas torcidas.

Se tudo isso está à disposição, não há desculpa para cair cedo em qualquer competição. O torcedor não compra esse discurso. E mais: numa eventual tropeçada na próxima rodada do Brasileirão, o “Guardiola da Gávea” já começará a ser questionado pela massa. É assim que funciona.

Outro destaque da quarta-feira foi a reação da imprensa do Sudeste, que criticou as vaias da torcida palmeirense dirigidas a Abel Ferreira — o “descobridor do futebol brasileiro”, como ironizam alguns.

Mas o torcedor, que paga ingresso salgado, tem sim o direito de protestar quando o time não joga nada. E é o caso do Verdão, que caiu muito de produção. O time virou previsível, com pouco repertório.

Aos fãs do treinador português: sinto muito, mas na arquibancada, a temperatura é outra.

Voltamos a qualquer momento…

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.