Quando o novo Mangueirão foi entregue ao público, no dia 9 de abril de 2023, surgia o símbolo grandioso de uma nova era no futebol paraense. A um custo total de R$ 500 milhões, o estádio foi revitalizado e modernizado pelo Governo do Estado, nivelado às arenas Fifa, com capacidade aumentada de 35 mil para mais de 50 mil espectadores.
O orgulho das torcidas com a imponência do Mangueirão foi ampliado com a forte ajuda do Estado, através da liberação anual de recursos aos clubes. Em 2024, Paysandu e Remo receberam quantias iguais de R$ 2 milhões; Águia e Cametá, também patrocinados pelo Banpará, R$ 300 mil cada.
“Nós sempre praticamos a igualdade, ou seja, o valor que vai para o Remo, também vai para o Paysandu. Este é um importante apoio que o Governo do Estado dá aos clubes. Lembrando que em 2023, foi R$ 1,5 milhão. Já para este ano, estamos aumentando o valor, passando para R$ 2 milhões, tanto para Remo, quanto para Paysandu”, disse o governador Helder Barbalho, por ocasião da assinatura dos contratos.
Em 2025, o campeonato passou a ser chamado “Parazão Banpará 2025”, com um investimento recorde de R$ 7 milhões, o maior já registrado na história da competição. Patrocinador do campeonato desde 2009, o Banpará ampliou o apoio, abrangendo também as séries A2 e A3.
Já em 2020, o Governo do Estado, por meio do Banpará, comprou o direito de dar nome (naming rights) aos estádios de Paysandu e Remo, que passaram a se chamar Estádio Banpará Curuzu e Estádio Banpará Baenão, respectivamente. A parceria rendeu R$ 1,5 milhão a cada clube, como apoio estratégico durante a pandemia de covid-19.
Apoio do Governo do Estado ao Futebol Paraense
Nenhum outro Estado investe tanto em futebol quanto o Pará. Desportista, Helder também viabilizou a vinda da Seleção Brasileira para jogar no Mangueirão. Ele deixa claro, com a ajuda aos clubes, o interesse em garantir o êxito dos times paraenses no Campeonato Brasileiro (Paysandu e Remo na Série B, Tuna e Águia na Série D).
A lembrança desse decisivo apoio ao futebol profissional se faz necessária para avivar memórias diante de uma covarde campanha de fake news lançada nas redes sociais, insinuando tratamento desigual na distribuição dos recursos. A motivação é óbvia: tentar diminuir a importância da ajuda aos clubes pelo governo do Estado.
Papão tropeça e permanece no Z4
Ao empatar com o Athletic em 1 a 1, na noite desta segunda-feira, na Curuzu, o PSC encerrou o turno da Série B na zona do rebaixamento. Apesar de ter mostrado capacidade de reação, empatando a partida ainda no 1º tempo, o time paraense não teve forças para se impor e buscar a vitória. Gabriel Mesquita voltou a se destacar, salvando várias situações de perigo.
O 1º tempo foi equilibrado. O Athletic ameaçou logo aos 3 minutos, com uma finalização de Gabriel Mesquita. A resposta do Papão aconteceu aos 9 minutos, quando Garcez tentou driblar Adriel e a bola sobrou para Diogo Oliveira, que bateu em direção ao gol, mas esbarrou na zaga.
Aos 12’, o meia David Braga arriscou um chute de fora da área que a defesa bicolor afastou. Era o ensaio do gol mineiro: aos 23’, em rápido contra-ataque, Wellinton Torrão finalizou a jogada com um toque de categoria, encobrindo o goleiro Gabriel.
O Papão foi fulminante e empatou dois minutos depois. Denner chutou cruzado, a bola passou pelo goleiro e desviou em Rodrigo Gelado antes de entrar. Na sequência, Max finalizou com perigo.
Cinco minutos depois, um susto na torcida: Ronaldo Tavares cabeceou rente à trave bicolor. Aos 37’, Garcez invadiu a área e finalizou. Adriel defendeu parcialmente e Anderson Leite não aproveitou o rebote.
Ao contrário da etapa inicial, o 2º tempo foi disputado em ritmo mais cadenciado. Aos 12’, Ronaldo Tavares chutou no canto, mas o goleiro espalmou para escanteio. Aos 23’, nova chance para o Athletic: Alason Carioca mandou por cima do gol, com perigo.
O Athletic parecia mais empenhado em chegar ao gol. Aos 37’, David Braga finalizou de fora da área e Gabriel defendeu bem. Dois minutos depois, o PSC chegou com Garcez, que exigiu boa defesa de Adriel.
Leão desafia o líder do campeonato
O Remo depende exclusivamente de seus esforços para fechar o turno da Série B no G4. Caso conquiste a vitória hoje (21h30) contra o Goiás, no estádio da Serrinha, em Goiânia, o time de Antônio Oliveira somará 32 pontos, ultrapassando a Chapecoense e assumindo a 4ª colocação.
Para superar o líder da competição, o Remo terá que funcionar bem na defesa e mostrar dinamismo nas ações ofensivas, reproduzindo o 1º tempo contra o Avaí, quando pressionou até virar o marcador.
Apesar dos cuidados necessários contra o líder Goiás, o Remo tem condições de fazer um jogo pragmático, explorando as saídas em velocidade para Marrony, Matheus Davó e Pedro Rocha.
O Remo está invicto há cinco partidas, sob o comando de Antônio Oliveira, com duas vitórias (Athletic e Avaí) e três empates.