Um chute de Vinícius Jr. desviado na zaga, a um minuto do final, garantiu a chorada vitória da Seleção sobre a Colômbia, ontem à noite, em Brasília. O gol garantiu ao Brasil pular da quinta para a 2ª colocação das Eliminatórias Sul-Americanas e, de quebra, ajudou a salvar a cabeça de Dorival Júnior, cuja demissão era quase certa em caso de um tropeço.
O jogo até começou bem para o Brasil, com um gol de pênalti logo aos 3 minutos, marcado por Raphinha. O lance nasceu de uma arrancada de Vini Jr., que driblou Muñoz e foi derrubado.
A Seleção seguiu pressionando e perdeu chances com o próprio Vini e Rodrygo. Mas, aos poucos, a Colômbia foi saindo do recuo e equilibrando as ações. Teve duas boas oportunidades com Arias e Luis Diaz.
Aos 40 minutos, Joelinton, que havia substituído Gerson, lesionado, perdeu bola para Arias na entrada da área e Luis Díaz aproveitou para bater rasteiro, empatando a partida.
Nervosa com a reação colombiana, a Seleção se desorganizou nos instantes finais, cometendo erros bobos. Arias quase virou o placar. O zagueiro Marquinhos travou o chute do colombiano dentro da pequena área.
Para o 2º tempo, o Brasil voltou insistindo no ataque e Vini Jr. quase marcou aos 8 minutos. Foi desarmado por Sánchez na hora da finalização.
Aos poucos, porém, o jogo voltou ao cenário do final da etapa inicial e a Colômbia acabou marcando, aos 17 minutos. Para alívio geral, o gol contra de Joelinton foi invalidado porque o árbitro viu uma suposta falta de Córdoba sobre Alisson no lance.
Minutos depois, com a Colômbia cercando a área brasileira com cruzamentos e investidas de Diaz, o Brasil acabou perdendo o goleiro Alisson. Ele se chocou numa disputa aérea com Sánchez e ambos tiveram que ser substituídos. Bento entrou no arco brasileiro.
A interrupção do jogo por sete minutos fez bem ao Brasil, que voltou a tocar a bola e avançar em velocidade. Contribuiu para isso a entrada de Wesley na vaga do improdutivo Vanderson.
Nos acréscimos, a Seleção teve uma grande oportunidade em cruzamento de Savinho no segundo pau. Arana foi na bola, mas testou por cima. Quando a torcida já dava sinais de irritação, veio o gol salvador da pátria.
Aos 53’, Vinícius Jr. recebeu a bola junto à linha lateral, avançou pela intermediária e arriscou um chute cruzado da entrada da área. A bola desviou na zaga e matou o goleiro colombiano.
A vitória foi importante para tranquilizar o Brasil na classificação, antes do confronto com a Argentina na próxima terça, 25, mas a atuação deixou muitas preocupações. Além do desentrosamento, o time voltou a demonstrar falta de alternativas e ideias criativas, fato agravado pelo mau rendimento de alguns jogadores – Joelinton e Vanderson, principalmente.
Parazão pode ter uma chance de recomeço
Uma sessão extraordinária do TJD marcada para a próxima terça-feira, 25, pode finalmente apressar a retomada do Campeonato Paraense. Serão julgados os recursos de Tuna, Remo e Capitão Poço – o Bragantino, que também foi condenado por irregularidade, desistiu de recorrer.
O caso que levou à paralisação da competição envolve a utilização de jogadores com menos de 20 anos sem vínculo profissional. Os quatro clubes foram condenados, o que causou o rebaixamento de Capitão Poço. O imbróglio interrompeu a disputa das quartas de final.
Junto com o julgamento vem a expectativa de que a FPF possa ingressar com um pedido de liminar, a fim de garantir a continuidade do Parazão já a partir do próximo fim de semana, dias 29 e 30 de março.
A providência, mesmo tardia, mas pode ajudar a diminuir o prejuízo provocado pela paralisação do campeonato.
Alvariño ganha chance na nova defesa azulina
As primeiras notícias sobre o novo time do Remo, formatado nos treinos iniciais sob o comando de Daniel Paulista, indicam que Alvariño deve ganhar uma oportunidade na zaga. Curiosamente, ele não era titular com Rodrigo Santana e deixou péssima impressão na derrota para o Cametá, quando foi driblado pelo atacante Fidel no lance do gol.
Ocorre que Alvariño fez uma boa Série B pelo Amazonas no ano passado, razão provável da chance que Daniel Paulista parece estar lhe concedendo. Tecnicamente bom e conhecido pela capacidade de antecipação, o zagueiro pode vir a ser aproveitado no centro da defesa.
Com Rodrigo, em pelo menos em duas oportunidades, Alvariño entrou no decorrer de partidas fazendo a função de volante. Poderia ser uma valorização da versatilidade do jogador, mas acabou se tornando um reflexo das incertezas que rondavam o Remo sob o comando anterior.
Sob nova direção, com a formação em 4-4-2 sendo submetida a treinamentos na intertemporada em Barcarena, Alvariño pode ser uma novidade interessante, embora precise confirmar que está em nível superior a Rafael Castro, um zagueiro de atuações seguras nesta temporada.