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Gerson Nogueria: Galo e Papão iguais até nos erros

Foto: Paysandu/divulgação
Foto: Paysandu/divulgação

Galo e Papão iguais até nos erros

Aconteceu de tudo, ontem, em Tucuruí. Os seis gols da partida entre Independente e PSC passam, a princípio, a ideia de um bom espetáculo. Não foi. Houve muita transpiração, mas pouquíssima inspiração. Pior ainda: o excesso de erros de passe e a falta de ideias criativas só acentuaram as fragilidades dos dois times. Poucas vezes, porém, foi possível ver um PSC tão confuso e desestabilizado emocionalmente.

O primeiro tempo foi quase todo favorável ao Independente, que exerceu mais pressão, arriscou mais jogadas ofensivas e acabou premiado com duas penalidades concedidas pela atrapalhada zaga do Papão. Aos 13 minutos, Bocanegra se complicou com a bola, perdeu para o estreante Ameixa e teve que cometer o pênalti. Lopeu cobrou e marcou.

Do lado bicolor, a tentativa de buscar o empate foi tímida. Apenas um cruzamento para Rithely desviar (mal) de cabeça. Aos 22’, outra má notícia para o time bicolor. Danúbio avançou com a bola, entrou na área e sofreu carga do lateral Eric. Nova penalidade, que Bruno converteu, ampliando a vantagem do Independente.

O PSC parecia incapaz de sair da situação de correria imposta pelos donos da casa. Ricardinho buscava organizar o jogo, lançando sempre Bruno Alves.

Aos 28’, Mário Sérgio finalmente apareceu, desviando um cruzamento de Ricardinho e quase marcando o primeiro gol. Minutos depois, um lançamento na área do Galo fez a zaga se confundir. Mário Sérgio limpou o lance e tocou na saída do goleiro, iniciando a reação do PSC.

O segundo tempo trouxe novas emoções, embora o jogo não tenha melhorado. Logo aos 12 minutos, Bocanegra foi excluído após um segundo amarelo por jogada violenta. Aos 17’, Bruno perdeu boa chance de ampliar. Chutou fraco, nas mãos do goleiro Thiago Coelho.

Bruno Alves foi lançado, entrou na área e acabou derrubado pela zaga. Pênalti para Mário Sérgio cobrar e empatar, aos 19’. Por alguns minutos, o PSC viveu seu melhor momento em campo, ameaçando com um tiro forte de Fernando Gabriel à direita da trave do Independente.

Para complicar as coisas, Genilson recebeu amarelo por reclamação e também foi expulso. Com nove jogadores, o PSC ficou à mercê dos ataques do Galo, que levavam sempre muito perigo.

Para sorte de Márcio Fernandes, o Independente rebater bolas a buscar o quarto gol. Acabou punido com a falha coletiva da zaga no finalzinho com o gol de João Vieira. Dois zagueiros tentaram cortar o cruzamento, dois estavam assistindo e a bola sobrou livre para o arremate do volante do PSC.

 

Zaga bicolor vive tarde de apagões, vexames e expulsões  

Pela segunda vez em menos de cinco dias, o zagueiro colombiano Bocanegra foi expulso duas vezes. A primeira foi em Manacapuru (AM) contra o Princesa do Solimões, pela Copa Verde. A segunda foi ontem. O mau condicionamento tem sido a explicação para os seguidos vacilos, mas o fraco nível técnico também compromete as atuações do defensor.

Antes de receber o segundo cartão amarelo, Bocanegra havia perdido várias jogadas de combate direto ao ataque do Independente. Mostrou insegurança e intranquilizou a zaga. Acabou por afetar o rendimento de Genilson, que voltava ao time e também recebeu dois amarelos. Flávio, do Independente, também foi expulso.

No futebol, os erros da defesa raramente são exclusivos dos defensores. No confronto com o Galo, a marcação do meio-campo do PSC também foi muito falha, situação agravada pelas dificuldades nas laterais. O buraco defensivo, porém, requer soluções urgentes por parte de Márcio Fernandes.

 

Leão crava a 9ª marca na coronha do Colt

Não foi um jogo lá muito interessante. O Remo entrou com o time mesclado e teve o mérito de buscar o gol logo cedo, e conseguir. Jean Silva arrancou pelo lado direito, avançou e chutou em direção ao gol. A bola resvalou num zagueiro e entrou.

O placar favorável tranquilizou, mas ao mesmo tempo acomodou o Remo, que passou a ficar tocando a bola sem maiores preocupações. De vez em quando, Ricardinho avançava e ameaçava, o que empolgava o torcedor, mas as jogadas não eram objetivas e o tempo ia passando.

Em ritmo festivo, pela série invicta na temporada, a torcida acompanhava a partida, mas sabia que a vitória era praticamente certa. O Tapajós se empenhava, sempre puxado por Douglas Lima, mas não chegava a ameaçar a trave defendida por Vinícius.

No segundo tempo, o Remo trouxe Pablo Roberto, Fabinho e Pedro Vítor para reforçar o setor ofensivo. Não deu muito resultado logo de cara, mas serviu para prender ainda mais a marcação do Tapajós lá atrás.

Após uma sucessão de bons ataques, Jean Silva recebeu a bola na intermediária, driblou um marcador e se livrou de outro para bater rasteiro no canto esquerdo de Conrado. Um bonito gol para sacramentar o nono triunfo azulino em nove partidas.

Para o técnico Marcelo Cabo, o jogo serviu para descansar boa parte do elenco para o confronto de quarta-feira pela Copa Verde contra o São Raimundo, bem como para observar melhor alguns dos garotos da base, como Vinícius Kanu, Ely, Ricardinho e Guty.

Todos atuaram bem, mas Ricardinho foi o que mais levantou a massa, com dribles em velocidade e arrancadas rumo à área. Faz lembrar um pouco o estilo de Ronald. Com mais experiência, pode vir a ser boa alternativa para o jogo pelos lados.