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Gerson Nogueira: resultados favoreceram pretensões do Remo 

Gerson Nogueira: resultados favoreceram pretensões do Remo 

O poder da simplicidade 

Foi com empenho e objetividade que o PSC conseguiu sacramentar sua classificação antecipada à 2ª fase da Série C, derrotando o Campinense no sábado à noite, em Campina Grande. Os dois primeiros gols, que encaminharam a vitória, foram um primor de simplicidade. Muito pressionado nos primeiros momentos do jogo, o time paraense soube ser reativo e extraiu daí as condições para chegar ao gol.

Aos 13 minutos, um arremesso lateral permitiu a Marlon pegar de primeira na área do Campinense, após Dalberto errar na primeira tentativa. Foi também o primeiro chute a gol do PSC. Depois disso, a pressão paraibana se intensificou, com cruzamentos e chutes de fora da área.

Apesar de seguidos erros do estreante Neylor e do volante Mikael, o PSC teve competência para fazer de um contra-ataque o lance que levaria ao segundo gol. Marlon fugiu pela esquerda e, ao entrar na área, foi atropelado pelo goleiro. O próprio atacante foi lá e conferiu, anotando pela nona vez na competição – o 12º na temporada.

Marlon estava sem marcar há seis rodadas. O jejum de gols havia custado a liderança na artilharia. Alex Henrique, da Aparecidense, assumiu a ponta com oito gols. Com a atuação de ontem, Marlon retoma a dianteira.

O PSC cumpriu à risca o receituário da Série C. Entrou fechado, rebatendo bolas lá atrás e tentando manter a posse no meio-campo. Nem sempre conseguia segurar o ímpeto do Campinense, que atacava bastante pelos lados e tentava forçar jogadas aéreas para chegar ao gol.

Apesar dessa pressão, o Papão foi se segurando e quando saiu rumo ao ataque fez isso em alta velocidade e com até cinco jogadores. O gol de abertura teve origem em falha da defesa adversária, mas são inegáveis os méritos de Marlon, sempre certeiro em chutes da entrada da área.

Mesmo em desvantagem, o Campinense mantinha o jogo equilibrado porque atacava mais e arriscava disparos de fora da área. Tiago Coelho apareceu bem em dois chutes perigosos. O PSC, porém, era mais preciso nas investidas ofensivas.

Aos 29’, em arrancada pela esquerda, Marlon recebeu livre e avançou até a área, onde foi derrubado pelo goleiro Mauro Iguatu. Penal claro. Marlon bateu e marcou deixando o jogo praticamente definido.

A simplicidade seguiu dando o tom no comportamento do PSC na segunda etapa. Mesmo em vantagem, adiantou a marcação para forçar erros na saída de bola do Campinense. Quando conseguia chegar às proximidades da área, o time da casa fustigava, ameaçando seguidamente.

Com a bola, o PSC era ágil e chegava rápido lá na frente. Um exemplo disso ocorreu aos 24 minutos, quando Marlon disparou rumo à área, enganou a marcação e ficou em situação privilegiada, mas bateu em cima do goleiro e perdeu o terceiro gol. Logo em seguida, aos 28’, Oliveira foi atingido por Serginho e o árbitro assinalou corretamente o pênalti. Dione converteu e botou fogo no jogo.

O Campinense rondou a área, mostrou superioridade na condução da bola e teve uma grande chance para empatar, aos 34’, quando Gui Campana foi lançado na área e dividiu com Tiago Coelho. O goleiro levou a melhor, enquanto o jogador saiu reclamando de falta no lance.

Em meio ao sufoco, o PSC descolou um ataque perfeito, aos 41’, a partir de um belo lançamento em profundidade de José Aldo para Marcelinho (que havia substituído Serginho). Com categoria, o atacante driblou o goleiro e tocou para as redes. Um bonito gol para fechar a importante vitória. 

Leão entra para vencer e voltar ao G8 

Os resultados da rodada favoreceram amplamente as pretensões do Remo na Série C. Depois de esboçar um rosário de dificuldades, o cenário clareou com o empate entre Vitória e ABC, a derrota do São José para o Figueirense e principalmente a surpreendente vitória do Atlético Cearense sobre a Aparecidense.

A nova situação funciona como combustível extra para os azulinos na partida de hoje à noite, no Baenão, diante do Ferroviário-CE. Em caso de vitória simples, o Remo retorna ao G8 porque igualará a pontuação (25 pontos), mas terá vantagem no número de gols marcados.

Remo vai pra cima do Ferroviário em busca de vitória e G-8

Um passo e tanto para o Leão, que permaneceu as últimas seis rodadas fora da zona de classificação. Para obter a vitória tão necessária, o técnico Gerson Gusmão fez mexidas no meio-campo durante a semana de treinos. Ensaiou utilizar Marciel como armador, mas ontem se decidiu pela permanência de Anderson Paraíba, que havia atuado mal contra o Botafogo-PB.

A responsabilidade de Paraíba é imensa. Precisa municiar um ataque de jogadores rápidos e habilidosos pelos lados, Bruno Alves e Leandro Carvalho, e um centroavante de recursos, Brenner.

Um dos motivos da má produção ofensiva do time é a dificuldade em transformar posse de bola em manobras efetivas de ataque. O Remo não tem variação de repertório, o que dificulta vencer qualquer adversário, até mesmo os que estão na parte inferior da tabela.

Contra o Ferroviário, o trio de ataque terá que funcionar como no confronto com o ABC sufocando desde os primeiros minutos. Para isso, o papel dos homens de meio, como Anderson Uchoa e Paulinho Curuá, é fundamental. Ambos precisam estar próximos da área adversária, para encorpar ainda mais a pressão em busca do gol.

Quanto aos cálculos, a situação do Leão melhorou com os jogos de ontem porque a linha de corte baixou outra vez. Com sete pontos nos três últimos jogos, a classificação estará assegurada. Aliás, a vaga pode ser obtida até com seis pontos. Vamos às projeções.

Caso o Bota-PB perca seus jogos, contra Mirassol (fora) e Figueirense (casa) ficaria com 27 pontos. Já o São José, caso não vença o ABC (fora), chega no máximo a 27. A Aparecidense tem 25 e na última rodada enfrenta o Bota-PB. Com isso, um deles não superaria o Remo. Por fim, o Vitória terá que tropeçar diante de Mirassol (fora) ou Brasil (já rebaixado). Caso faça o dever de casa, o Remo então se classificaria com 28 pontos.